MP investiga contratos de licitação em 78 prefeituras de São Paulo Centenas de servidores foram impedidos de entrar em prefeituras. Polícia já prendeu quatro empresários.


O Ministério Público e a polícia deflagraram nesta terça-feira (9) uma grande operação em todo país para combater a corrupção. A maior denúncia é no estado de São Paulo onde 78 prefeituras são investigadas.
Hoje centenas de servidores foram impedidos de entrar em prédios de várias prefeituras e a polícia já prendeu quatro empresários. O centro dessa operação em São Paulo é na cidade de São Jose do Rio Preto.
Só em São Paulo são 154 mandados de busca e apreensão e 13 de prisão temporária. Estão sendo levados para a Polícia Federal documentos, armas e R$ 160 mil apreendidos – R$ 100 mil foram encontrados na casa do ex-prefeito de Auriflama,  José Jacinto Alves Filho, do PSDB.
A rua onde funciona o Ministério Público de São José do Rio Preto está fechada. É para lá que estão sendo levadas as pessoas detidas. Entre elas, quatro empresários de Votuporanga, cidade que é o principal alvo da investigação.
A prefeitura de Votuporanga amanheceu cercada de policiais militares que foram cumprir mandados de busca e apreensão de documentos. É na cidade que funciona a principal empresa investigada na operação: a Demop, que trabalha com pavimentação de ruas  avenidas e rodovias.
O nome da empresa tem as iniciais dos cinco irmãos que são sócios: Dorival, Edson, Mauro, Olívio e Pedro. Dois deles, Olívio Scamatti e Pedro Scamatti Filho foram presos hoje cedo nas casas onde moram, num bairro nobre de Votuporanga.
O outro irmão Edson Scamattii viajou hoje cedo para São Paulo. Ele foi detido no Aeroporto de Congonhas. Assim que o avião abriu a porta, os policiais federais entraram e deram prisão voz de prisão. Em Votuporanga também foi preso o empresário Luiz Carlos Seller, que é dono de uma construtora ligada aos irmãos Scamatti.
Segundo a investigação, a Demop abriu várias empresas em nome de laranjas. Elas eram usadas para concorrer nas licitações, oferecendo serviços de pavimentação a preços mais altos. Desse jeito, os irmãos Scamatti sempre venciam as concorrências.
Em troca, segundo Ministério Público, eles repassavam dinheiro aos prefeitos que faziam parte do esquema. Ao todo, 78 prefeituras do interior paulista estão na mira do Ministério Público. Além de ex-prefeitos, servidores públicos e empresários. Os contratos suspeitos somam mais de R$ 1 bilhão.
Em Catanduva, a prefeitura também está fechada. Hoje cedo, o secretário de negócios jurídicos tentou tranquilizar cerca de 300 servidores municipais que foram impedidos de entrar no prédio para trabalhar.
O Jornal Hoje tentou entrar em contato com os irmãos Scamatti, donos da empresa Demop, e com os advogados deles, mas não conseguiu retorno. Também não conseguiu contato com os advogados do empresário Luiz Carlos Seller. Já o ex-prefeito de Auriflama, José Jacinto Alves Filho, disse que vai pedir a devolução dos R$ 100 mil encontrados na casa dele, pois tem como comprovar a origem do dinheiro
fonte: G1 Globo

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