Pesquisadores anunciaram nesta quarta-feira (10) a descoberta de novas evidências que reforçam a associação entre o vírus da zika e casos de má-formação cerebral, citando a presença do vírus no cérebro de um feto abortado de uma mulher europeia que ficou grávida enquanto morava no Brasil.
Elielson tenta acalmar seu irmão José Wesley em sua casa em Bonito (PE). José tem dificuldades para se alimentar, algo comum entre crianças com problemas neurológicos como a microcefalia (Foto: Felipe Dana/AP)
Uma autópsia realizada no feto mostrou a microcefalia, além de lesão cerebral grave, e altos níveis de vírus da zika em tecidos do cérebro fetal, excedendo os níveis do vírus normalmente encontrados em amostras de sangue, disseram pesquisadores do Centro Médico Universitário de Ljubljana, na Eslovênia, em artigo publicado na revista médica "New England Journal of Medicine".
As descobertas ajudam "a fortalecer a associação biológica" entre a infecção pelo Zika vírus e a microcefalia, afirmaram pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Harvard e do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, em um editorial que acompanha a revista científica.
O Ministério da Saúde do Brasil confirmou no ano passado a relação entre o zika e o surto de microcefalia na Região Nordeste do país, mas os pesquisadores ainda tentam confirmar uma ligação científica.

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