JESUS, O CARPINTEIRO DE NAZARÉ
Quando Jesus foi a Nazaré, Ele mesmo Se colocou à prova, a uma severa
prova. Ele estava indo para o lugar onde havia crescido. Ninguém
tinha críticas mais severas do que aqueles que O conheciam desde a infância.
Todos ficaram escandalizados por um homem com a formação de Jesus falar
e fazer o que Ele falava e fazia. A familiaridade, de fato, provocou o
desprezo.
Eles se recusaram a ouvir o que Ele dizia e a única reação que tiveram
foi a de perguntar: “Não é este o carpinteiro?” (Mc 6.3)
• Jesus foi muito mais
que um simples carpinteiro
• Conhecendo a arte da carpintaria
• Como crer em um Deus que havia se tornado tão simples
Em Nazaré, mais do que em qualquer outro lugar, a reação apresentada à
pregação de Jesus foi de rejeição e repúdio (Mc 6, 1-6). A rejeição em Nazaré
era mais consciente, específica, a ponto do próprio Jesus “admirar-se da
incredulidade deles” (Mc 6.6), e dizer: “que nenhum profeta é bem recebido na
sua própria terra” (Lc 4.24).
A razão principal da rejeição sofrida por Jesus em Nazaré, foi não ter
correspondido às expectativas de seus conterrâneos. Esperavam um Messias mais
sensacional, e não apenas o filho de José, o carpinteiro (Lc 4.22; Mc 6.3). Era
muito difícil para eles acreditar que Deus fosse aquele menino que viram
durante toda infância crescer pelo vilarejo. Realmente, Deus trabalha com
coisas loucas para confundir (1Co 1.27).
2. JESUS, O GRANDE ESCULTOR E
ARTÍFICE
Na época em que Jesus viveu, as profissões não
tinham equivalência às dos nossos dias. Ainda não tinham surgido as profissões
de Arquiteto nem de Engenheiro de Construção Civil e quem exercia estas funções
era o carpinteiro ou o pedreiro mais experiente e especializado. Mas, nessa
época, havia ainda, uma outra grande responsabilidade, pois era o profissional
que escolhia e talhava a pedra, que nesse tipo de construção mantinha a solidez
do edifício.
• Transformando a brutalidade em arte admirável
• Jesus, um operário incansável.
• Com apenas um toque
Ele com certeza desenvolveu uma capacidade
especial: a de olhar para um pedaço bruto de lenho e enxergar ali uma linda
peça de arte. O processo não é fácil. Exige dedicação e horas de trabalho.
Entre marteladas e cortes, pouco a pouco se vai formando uma maravilhosa
escultura.
Mais tarde, Ele aplicou tudo o que aprendera na
oficina de seu pai, em seu ministério. Ao passar por situações desagradáveis,
nos confortamos em saber que tudo o que acontece é porque Deus permitiu e
cooperará para o nosso bem. Marteladas, pregos e cortes doem, mas tão
necessários quanto respirar. Só assim Deus poderá completar a boa obra que Ele
começou em nós.
Era muito desesperador se tornar leproso nessa
época. A história desse homem nos chama a atenção porque nos tempos do Novo
Testamento a lepra era a doença mais temida. A enfermidade deixava o corpo como
uma massa de úlceras e putrefação. Os dedos encolhiam e se retorciam. Pedaços
de pele perdiam a cor e fediam.
Certos tipos de lepra matam os terminais nervosos,
e isso produz a perda de dedos, e até de pés e mãos. A lepra era morte por
centímetros. As consequências sociais eram mais severas que as físicas.
Considerada contagiosa, o leproso era obrigado a guardar quarentena, proscrito
a uma colônia de leprosos. Era rejeitado por todos os que o conheciam, evitado
por pessoas que não conhecia, condenado a um futuro que não podia suportar.
JESUS, O GRANDE CONSELHEIRO.
O carpinteiro de Nazaré que impactou o mundo com
suas Palavras jamais errou acerca de qualquer assunto. Ele foi completo porque
sua vida, personalidade e caráter autenticavam Suas obras. Seus discursos
englobavam o mais alto e refinado nível de sabedoria.
Ao discursar a Seu respeito, Pedro diz: Senhor,
para quem iremos nós (Jo 6.68). Pedro não diz para “onde”, Ele sabia que só
Jesus era a resposta para toda e qualquer indagação humana. Em Jesus estão as
Palavras de vida eterna (Jo 6.68).
• Conselhos para quem vai construir (Lc 14. 25-30)
• Conselhos para quem vai a guerra (Lc 14. 31-35)
• Conselhos sobre como começar e terminar
A Bíblia nos revela grandes exemplos de pessoas que
começaram bem e terminaram mal. Sansão, Salomão, Judas e muitos outros,
poderiam terminar de forma diferente. Mas, esqueceram que servir a Deus inclui
algumas renuncias e um tipo de vida separada e diferente.
Vivemos em um mundo egoísta, abarrotado de pessoas
que visam somente seus próprios interesses. Devemos ter o cuidado para não
sermos absorvidos por esse sistema, deixando Deus moldar a cada dia a nossa
vida, para que não venhamos repetir as mesmas falhas daqueles que um dia
criticamos.
AS TRÊS GRANDES LIÇÕES DA
CARPINTARIA
O “tekton” na época de Jesus era responsável por
dar a forma a todo o material que selecionava. Antes de qualquer talhada ou
corte, o “tekton” analisava que tipo de material iria usar, o buscava onde
estivesse e na oficina iniciava o processo de transformação.
• O carpinteiro escolhe o material e o separa (Jo
15.16)
• O carpinterio leva o material bruto para
trabalhá-lo segundo o seu parecer (Jr 18. 1-6)
• O carpinteiro celeste jamais maquia a obra que
talha (Sl 15. 1.2)
Assim como Jesus selecionava o material que
transformaria em obra de arte, devemos ter a consciência de que fomos chamados
por Deus para que nos transformemos em algo belo e maravilhoso aos seus olhos.
Se isto ainda não aconteceu, fiquemos atentos ao Seu trabalhar. O processo em
muitas pessoas é lento e doloroso, mas ao final nosso valor será acrescido.
Seremos uma obra talhada, sem defeitos e assinada pelo maior artífice que o
mundo já conheceu.
A mensagem do carpinteiro de Nazaré é simples,
porém de muita praticidade em nossas vidas. Embora não fosse nascido em berço
de nobreza, filho de uma plebéia e numa cidade totalmente desfavorecida. Ele
não dependeu destes fatores para ser o que era. Isto nos ensina que podemos ser
o que Deus quer que sejamos. E, que independe de condições favoráveis ou não.
Fonte: Bíblia
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