SER CORRUPTO NÃO É FÁCIL


         SER CORRUPTO NÃO É FÁCIL

                         Reflexão de Correia e Edgar Ribeiro 

  O vício das práticas de corrupção no Brasil tem se tornado algo extremamente comum aos olhos daqueles que já se profissionalizaram em tal prática, para esses, ser corrupto é algo comum e corriqueiro, todos os dias deve-se praticá-la, não sendo assim, corre-se o risco de perder o hábito. Ser corrupto também se tornou uma profissão.
           No caso dos Administradores Públicos, a corrupção começa com pequenos desvios e gradativamente vai tomando proporções, magnitudes que o corrupto não consegue mais controlar.
           Para melhor compreender esse crime legalizado, podemos comparar a corrupção a um ima, um corrupto atrai outro corrupto, e quando menos se espera já está formada uma rede de corrupção.
            Tomemos como exemplo os casos de corrupção nas prefeituras. O prefeito começa a praticar corrupção só entre família, e quando muito um amigo bem próximo.
            Ocorre que os atos de corrupção tem odor forte, fácil de proliferar-se ( a corrupção fede ) e logo, logo alguém denuncia, aí, há uma reação, o prefeito corrupto precisa da ajuda de corruptos dos outros poderes da República.
            Ele precisa ter apoio do legislativo e do judiciário, e aí meu amigo para alimentar toda essa gente, haja corrupção.
             Se antes sobrava algum tostão para a merenda escolar, agora esqueça, ou alimenta-se a corrente da corrupção, ou perde-se o mandato.
             Em síntese podemos afirmar que a corrupção escraviza o próprio corrupto.
             Há uma regra: Um corrupto não pode denunciar, nem prejudicar outro corrupto sobre pena de acabar com a corrupção.
             Em termos específicos, veja o caso de  Paço do Lumiar no Estado do Maranhão no qual a prefeita corrupta invocou esse princípio, e o que é pior, ameaçou entregar os desembargadores corruptos para o C N J, entretanto, agora lascou, impediram o CNJ de punir juiz corrupto. E agora? O  jeito é mandar essa corja para o inferno porque no céu eles não entram.
         
Para compreender tais fatos leia o texto em anexo
Escândalo de Roseana Sarney
 
Janeiro de 2011. Primeiro escândalo do governo Roseana Sarney: descoberto “mensalão” petista na Fapema – sem nunca ter sido pesquisador, secretário-geral do partido recebeu R$ 32 mil em bolsa de pesquisa. Após tornado público o esquema, verificou-se que o “mensalão da Fapema” incluía vereadores, ex-prefeitos e lideranças regionais que apoiaram Roseana, em 2010.
Março de 2011. Segundo escândalo do governo Roseana Sarney: vice-governador usa helicóptero oficial do Estado para ir a Peri Mirim participar de festa de fundação do PT no município.
Abril de 2011. Mais um escândalo no governo Roseana, outra denúncia envolvendo o vice-governador: lobista João Batista Magalhães, ligado a Washington Luiz, é quase preso pela Polícia Federal dentro da sede nacional do PT. Acusação: participação no desvio de R$ 50 milhões dos cofres da Prefeitura de Barra do Corda, do prefeito Manoel Mariano de Souza – o Nezim (que apoiou Roseana em 2010), tráfico de influência no Ministério da Saúde e esquemas junto a prefeituras da base governista. Habeas corpus do STJ impede que a Polícia Federal prenda Magalhães.
Junho de 2011. Por conta de enriquecimento ilícito, cai o primeiro ministro de Dilma: Antonio Palocci. Não agüentou a pressão da opinião pública. O Maranhão da oligarquia ganha novo apelido na mídia nacional e redes sociais: Sarneyquistão – território, morada dos Sarneys, cuja miséria é comparada a das ex-Repúblicas soviéticas. No Sarneyquistão, Roseana passa pito em duas ministras de Estado por conta da visita delas à ocupação de quilombolas no INCRA: “que estória é essa de falar com preto e pobre antes de falar comigo?!”, ridicularizaram  internautas a reação da governadora à visita das ministras Maria do Rosário e Luiza Bairros.
Julho de 2011. Outro escândalo do governo Roseana Sarney: IstoÉ revela ao país fraude de quase meio bilhão de reais na licitação para a construção dos 72  hospitais prometidos por Roseana na campanha. Sete empreiteiras que receberam repasses em valores redondos do governo foram doadoras de campanha de Roseana. Três delas foram dispensadas de licitação, receberam R$ 64 milhões e não colocaram um único tijolo na construção dos hospitais. Revela a revista:
“A JNS Canaã é um caso ainda mais nebuloso. Os procuradores afirmam que a empreiteira, filial do grupo JNS, teve seu ato constitutivo arquivado na Junta Comercial do Maranhão em 24 de novembro de 2009, dias antes de fechar contrato com o governo. A primeira ordem bancária em nome da JNS saiu apenas quatro meses depois, em 16 de abril de 2010. Sozinha, a empresa recebeu R$ 9 milhões, não concluiu nenhum dos 11 hospitais”.
Continua IstoÉ:
“A mesma JNS doou R$ 700 mil para a campanha de Roseana, por meio de duas transferências bancárias, uma de R$ 450 mil para a direção estadual do PMDB e outra de R$ 300 mil para o Comitê Financeiro, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral”.
No governo federal, cai o segundo ministro de Dilma: Alfredo Nascimento, após denúncias de esquema de corrupção no Ministério dos Transportes.
Agosto de 2011. Mais dois escândalos no Maranhão.
Primeiro: Folha de São Paulo divulga à nação que Sarney usa helicóptero da Polícia Militar do Maranhão para passear em sua ilha particular. A aeronave foi adquirida para combater o crime e socorrer emergências médicas. Foi paga com recursos do governo estadual e do Ministério da Justiça no valor de R$ 16,5 milhões. Para que Sarney passeasse, um doente que era socorrido, foi retirado do helicóptero.
Segundo: na marra, Roseana inicia a construção da mais cara estrada “estadual” do País – a Via Expressa, obra de 107 milhões de reais que ligará os shoppings da família (do Tropical e Jaracaty ao shopping da Ilha, passando pelo shopping São Luís - todos com negócios da família Sarney-Murad).
No governo Dilma, o ministro “tucano”, também herdado de Lula e seus pretendidos negócios bilionários na compra de caças franceses, pede para sair: Nelson Jobim deixa o Ministério da Defesa. No ministério da Agricultura, cai o quarto ministro por suspeita de corrupção, direcionamento de licitação e pagamento de propina, Wagner Rossi.
Setembro de 2011. Após a prisão de 36 integrantes do Ministério do Turismo, cai o quinto ministro de Dilma, Pedro Novais, por uso pessoal de verbas públicas. O ministro sarneyzista pagou motel com dinheiro público.
Outro escândalo no governo estadual: Roseana anuncia que financiará a escola de samba Beija-Flor para pautar os 400 anos de São Luís em seu enredo no carnaval de 2012: a peso de milhões de reais dos cofres públicos, nem intelectuais da oligarquia engolem o samba-enredo chinfrim da Beija-Flor.
Outubro de 2011. Enésimo escândalo estadual: governo Roseana estatiza a Fundação José Sarney, o mausoléu do pai passa a ser custeado com dinheiro público. No governo Dilma, cai o sexto ministro por denúncia de desvio de recursos: Orlando Silva, dos Esportes.
Novembro de 2011. Sem governo, o Maranhão defronta-se com uma inédita greve de policiais militares e bombeiros. Com medo de ‘primavera maranhense”, oligarquia recua e negocia com o movimento. Sem polícia e nem combate à corrupção, o Maranhão vê prefeitos sendo presos, cassados, e, em seguida, soltos, reempossados. O mais notório caso é a prefeita amiga de Sarney Filho, Bia Venâncio, de Paço do Lumiar. Um verdadeiro escândalo de impunidade no Maranhão. No governo Dilma, nem juras de amor salvam Carlos Lupi das denúncias de corrupção no Ministério do Trabalho: é o sétimo ministro a cair.
Dezembro de 2011. Mal inicia o fim do ano e, quando todos esperavam que já se encerravam os escândalos, vem a denúncia de suborno aos deputados roseanistas: R$ 1,5 de reais pagos pela aprovação do projeto de lei nº 32/2011, que flexibiliza a derrubada de babaçuais.
Quando pré-candidata à Presidência da República, em 2002, Roseana viu seu sonho virar picolé ante o escândalo da Lunus: inexplicáveis 1,540 milhões de reais em notas de R$ 50,00. A revista Veja noticiou o fim do sonho presidencial da oligarquia manchetando em sua capa, com as fotos desconsoladas de Roseana e Jorge Murad: “Eles pensavam que o Brasil fosse o Maranhão!”
Diante de tantos escândalos não apurados em 2011, só resta ironizar: ah, se o Maranhão fosse o Brasil! Ou, como dizia o saudoso Dr. Sócrates, morto domingo passado: “imagina a Gaviões da Fiel politizada! Esse é o grande medo do sistema”. E das oligarquias do sistema, Dr. Magrão... e das oligarquias!
 Fonte do artigo sobre Roseana Sarney: Franklin Douglas(*)









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