“Dados sobre saúde do MA nada têm haver com programa de Roseana”, diz Coutinho

A deputada Cleide Coutinho (PSB) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (6), para contestar dados do Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS) acerca do sistema de saúde publica do Maranhão, lançado recentemente pelo governo federal, através do Ministério da Saúde.
Os dados revelados pelo IDSUS têm o objetivo de permitir uma análise criteriosa, no que se refere à situação da saúde dos municípios e Estados do Brasil, visando corrigir ou mesmo aprimorar as falhas apontadas.
A parlamentar observa que as aferições do IDSUS levaram em conta dados da saúde básica, ambulatorial, hospitalar e de emergência, no período de 2008 a 2010.
”Os dados nada têm haver com a programação que a governadora Roseana colocou, que seria do programa ‘Saúde é Vida’. Quando os dados foram coletados, os tão propagados 72 hospitais ainda iam ser inaugurados. Apenas quatro hospitais estavam funcionando. Em 2010, apenas um funcionava”, disse.
Cleide Coutinho comentou que o próprio ministro Alexandre Padilha disse que a nota 10, que qualquer cidade possa ter alcançado, é a única satisfatória. Mas, infelizmente, mais de 20% dos municípios, que reúnem 27% da população, não alcançaram nem a nota 5.
“Quem tirava nota 5 [na escola] sentia até vergonha, porque nós sabemos que com essa nota o aluno não logra a aprovação. E pensar que o Maranhão está comemorando apenas porque tirou 5.2. A que ponto nós chegamos, para comemorar apenas porque tiramos uma nota 5”, comentou Cleide.
DISPARIDADES
Por outro lado, a deputada Cleide disse que podia muito bem está comemorando, porque Caxias, de acordo com o perfil socioeconômico e de estrutura de saúde, pertence ao grupo 4 e ficou entre os 10 municípios com melhores notas divulgadas pelo IDSUS.
Em contrapartida, Cleide constatou que Timon ficou em terceiro lugar, acima de Caxias, Santa Inês e até de Porto Franco. “Como acreditar em um índice desses, que colocou em terceiro lugar Timon, um município que não tem saúde? O próprio secretário Ricardo Murad esteve lá, na semana passada, e se reuniu com o promotor Antônio Borges, definindo que vai mudar e melhorar o sistema de saúde daquela cidade”, disse Cleide.
Ela comentou ainda que causou espanto ver que colocaram uma cidade de 18 mil habitantes, chamada Turmalina, em Minas Gerais, na frente de Ribeirão Preto, em São Paulo. “Ribeirão Preto, que sempre foi considerada um centro de referência em saúde no Brasil. O Ministério da Saúde tem que fazer outra avaliação, para que todos acreditem que o trabalho é sério e não apenas político”, afirmou.
Cleide Coutinho encerrou seu pronunciamento citando a opinião de renomados especialistas em saúde, que contestaram a avaliação acerca dos dados divulgados pelo IDSUS. São eles: Antonio Ivo de Carvalho (diretor da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca); Célia Almeida (pesquisadora do Departamento da Administração e Planejamento em Saúde da ENSP); Maria Alicia Ugá (pesquisadora do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde) e José Noronha (diretor do Centro Brasileiro de Estudo da Saúde e médico do Instituto de Comunicação e Formação Cientifica e Tecnológica em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz).
José Noronha disse que “parte da tecnocracia do Ministério da Saúde acaba de brindar a sociedade brasileira com um disparate metodológico, a título de atender a fome do chamado ‘ranqueamento’ que frequenta com avidez uma parte da grande mídia brasileira. E pior: pretende se constituir no processo de pontuação isento de contaminação política ideológica”.
E finalizou reforçando que o Ministério da Saúde realmente tem que fazer outra avaliação, para que todos acreditem que seu trabalho é sério e não político.
Publicado em Sem categoria | Deixar um comentário

Consulta que circula no Grupo Sarney seria o motivo dos ataques a Luís Fernando

Os ataques virulentos, engendrados nos últimos dias, contra o secretário-chefe da Casa Civil, Luis Fernando Silva, oriundos de setores da imprensa ligados a grupelhos conservadores e ultrapassados do atual governo pode, em parte, está relacionado a uma consulta sobre a sucessão estadual que chegou, na última semana, às mãos do grupo Sarney.
Nela, Luís Fernando e o presidente da Embratur, Flávio Dino, que lidera a corrida sucessória estadual com ampla vantagem, obtiveram crescimento significativo na preferência para suceder a governadora Roseana Sarney em 2014, em comparação com as consultas anteriores realizadas.
A sondagem mostra, ainda, conforme apurou o blog, um declive acentuado do ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, com índices um pouco inferiores ao patamar que mantinha.
Talvez isto explique a onda de desconstrução da imagem demasiada em desfavor de Luís Fernando e a campanha, obstinada, de intrigas e futricas de certo blogueiro sarneysista (que mais atrapalha do que ajuda o governo) no intuito de desestabilizar a gestão do secretário-chefe da Casa Civil.
A ação fratricida é patrocinada por um quarteto [E.L, J.A, C.E, R.M] que se sente ameaçado com a tomada de espaço do ex-prefeito de Ribamar nos últimos meses – especialmente na região tocantina (Imperatriz), conforme revela a consulta.
O escopo, com isto, da turma que representa as práticas retrógradas e atrasadas da política e que só pensa em se dar bem à custa dos cofres públicos, é destituir Fernando do importante/estratégico cargo que no ocupa governo Roseana. Isolando-o em outro posto de menor relevância, a ameaça que Luís representa aos planos do quarteto seria dirimida.
O desespero é tanto que um senador, filho de ministro, disse durante uma reunião realizada na emissora de televisão de sua propriedade que, a partir de agora, dividirá o tempo de suas atividades empresarias com a tarefa de ajudar a eleger a maior quantidade de prefeitos nas eleições municipais para apoiar o pai em 2014.
Publicado em Sem categoria | Deixar um comentário

Desentendimentos entre Lítia e Aluísio provocam crise entre MP e Segurança

A promotora Lítia Cavalcanti (Direitos do Consumidor) e secretário Aluísio Mendes (Segurança) continuam se desentendendo. O motivo da divergência, desta vez, é o prédio dos Institutos de Criminalística e de Medicina Legal de Timon.
Lítia e Aluísio já haviam se estranhado no início do mês passado devido uma determinação do secretário de retirar o apoio da Polícia Militar e dos Bombeiros à ação da promotora durante uma vistoria do Estádio Nhozinho Santos, em São Luís (Veja aqui, aqui e aqui). A ordem de Mendes teria sido, segundo informações de bastidores, uma represália a ação do Ministério Público – encabeçada por Lítia Cavalcanti – que forçou a SSP a dotar o Instituto de Criminalística (Icrim) e do Instituto Médico Legal (IML) de melhores condições de higiene, trabalho e atendimento ao público.

Aluísio Mendes no centro da foto acompanhado pelo deputado Alexandre Almeida (direita) e a procuradora Fátima Travassos (esquerda)
Se a relação dos dois já não vinha bem, agora azedou de vez. Tudo por conta da construção do Instituto de Criminalística e Instituto de Medicina Legal de Timon.
A crise teve início depois que a promotora de Justiça Lítia Cavalcanti, titular da 15ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa dos Direitos do Consumidor, fez um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a CEMAR, após detectar irregularidades em medidores de energia. No termo, ficou firmado que o dinheiro da multa aplicada a empresa seria para a construção dos Institutos de Criminalística e de Medicina Legal de Timon.
Doada para o Estado, a obra estava pronta há mais de ano sem que a Secretaria de Segurança Pública tivesse demonstrado interesse em ocupar o prédio. Segundo Lítia Cavalcante, ela se reuniu por 15 vezes sem sucesso com o Secretário de Segurança Aluísio Mendes pedindo a ocupação.
Dizendo-se cansada do pouco caso do secretário, a promotora tomou uma decisão radical, de não mais doar o prédio para o Estado, mas sim para a prefeitura de Timon. Um novo Aditamento do TAC foi feito, mas surpreendentemente, o secretário de Segurança, Aluísio Mendes, ao tomar conhecimento da decisão da promotora, inaugurou na manhã do último dia 28 de fevereiro, o prédio dos Institutos de Criminalística e de Medicina Legal de Timon. Na ocasião, estiveram presentes o deputado federal Sétimo Waquim, deputado estadual Alexandre Almeida, vice-prefeito Edivar Ribeiro, procuradora-geral de Justiça, Fátima Travassos, vereadores, delegados entre outras autoridades.
A decisão do secretário Aluísio Mendes em inaugurar o prédio foi vista por membros do Ministério Público como invasão de uma propriedade que não pertence a secretaria. O caso acabou criando uma crise institucional entre os dois órgãos e provocou uma reunião entre vários promotores na Associação do Ministério Público do Estado do Maranhão (AMPEM) um dia antes da “inauguração”, onde todos se solidarizaram com a promotora Lítia Cavalcante. O presidente da entidade, Augusto Cutrim e os presentes na reunião, defenderam que nenhum membro do Ministério Público comparecesse a inauguração. Ficou decidido também que nenhum membro do MP deve sentar com o secretário até que a crise seja superada.
“Essa inauguração não existe”, disse a promotora Lítia Cavalcante ao blog do Elias Lacerda. Ela informou que a entrega legal e formal do prédio acontecerá nesta quinta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, quando membros do Ministério Público em peso estarão junto com representantes da CEMAR entregando a obra.
Fátima e Aluísio negam crise
O blog do Elias Lacerda (Portal AZ) conversou com a Procuradora de Justiça do Estado Fátima Travassos sobre a crise que envolve a Secretaria de Segurança e membros do Ministério Público, especialmente a promotora Lítia Cavalcante que classificou a inauguração dos Institutos de Criminalística e de Medicina Legal de “um faz de conta”, pois não era legal, tendo em vista que o prédio não pertencia mais a secretária de Segurança e sim ao município de timon e que o mesmo será inaugurado oficialmente com entrega da obra pela Cemar no próximo dia 8, Dia Internacional da Mulher. Surpreendentemente, numa demonstração de total falta de sintonia com a classe que dirige, a Procuradora disse não saber do desentendimento entre os órgãos.
Fátima Travassos contou que o Ministério Público sempre foi parceiro da Secretaria de Segurança, que estava na inauguração como convidada e por entender ser o Instituto de Criminalística e de Medicina Legal importantes ferramentas para um processo criminal.
Pelo que o blog do Elias Lacerda apurou, a procuradora não visitou o prédio do Ministério Público de Timon nem fez contato com nenhum de seus membros, seja pessoalmente ou por telefone.
Após a solenidade, Aluísio Mendes conversou com o blog do Elias Lacerda sobre o mal-estar envolvendo sua pasta e membros do Ministério Público. Ele classificou a crise como um “mal entendido”.
Sobre a demora em receber o prédio que resultou na suspensão da doação, o secretário creditou o problema a burocracia do serviço público. “O prédio precisava de complementação de alguns detalhes importantes e para essas intervenções de engenharia demandou tempo. Mas eu desconsidero esse mal entendido. Pra mim isso está superado, tanto que a Procuradora está presente nesta inauguração”, finalizou.



 

Desembargadores negam desapropriação de imóvel no Vinhais Velho




Moradores fazem a festa no Vinhais Velho
A 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça confirmou, nesta terça-feira (6), decisão que retirou liminar do Estado do Maranhão para desapropriar um imóvel pertencente a uma moradora da Comunidade Vinhais Velho, em São Luís. A liminar em favor do Estado havia sido concedida pela 3ª Vara da Fazenda Pública, após depósito de indenização no valor de R$ 33.600 mil.
 O Estado ajuizou ação de desapropriação em desfavor da moradora, alegando que o local fora declarado como de utilidade pública, para dar lugar à construção da avenida conhecida como Via Expressa, obra que pretende interligar os bairros Cohafuma, Vinhais, Recanto dos Vinhais, Maranhão Novo e Ipase.
 A defesa da moradora recorreu da decisão, considerando irrisório o valor da indenização, apontando ainda grave lesão com a desapropriação, uma vez que a área do Vinhais Velho envolveria patrimônio histórico-cultural, ambiental e religioso de São Luís, sendo a segunda povoação mais antiga da capital, com 399 anos.
 O relator, desembargador Marcelo Carvalho, considerou que os pontos levantados no recurso só poderiam ser apreciados em ação própria, mas ressaltou que o ato desapropriatório é excepcional, condicionado a urgência e prévio depósito de indenização justa, o que demandaria avaliação judicial, não se permitindo laudo particular produzido por uma das partes.
 No caso, a imissão provisória na posse foi deferida sem a citação da moradora e sem a prévia avaliação judicial, o que, segundo Marcelo Carvalho, violou o princípio da justa indenização e normas da Constituição Federa

0 comentário " "

Postar um comentário

Deixe seu comentário

Obrigado por seus comentários