Relembre a injustiça ocorrida com Jackson Lago, cassado
injustamente, e Roseana continua a
sorrir da miséria da população
Cassado no início da madrugada desta quarta-feira,
4, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o governador do Maranhão,
Jackson Lago (PDT), disse que vai recorrer e deve permanecer no cargo até o
último recurso. O TSE determinou que o governo daquele Estado seja assumido
pela senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), segunda colocada na eleição de 2006.
Esta foi a segunda cassação de governador em menos de um mês. No dia 17, o TSE
confirmou a cassação do então governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB),
e a posse do então senador José Maranhão (PMDB). Veja Também: Com cassações
do TSE, PMDB amplia poder nos Estados Opine: TSE deve investigar passado dos
substitutos? Saiba quem são os governadores na mira do TSE
Cinco dos sete ministros do TSE concluíram que na
eleição de 2006 ocorreram irregularidades que beneficiaram a candidatura de
Jackson Lago e prejudicaram Roseana Sarney. Entre outras acusações, a oposição
alegou que foram feitos 1.817 convênios no ano da eleição entre o governo
estadual e prefeituras e associações civis. Lago acompanhou o julgamento por um
telão nos jardins do palácio do governo. No final da tarde de ontem,
simpatizantes do governo e militantes do Movimento dos Sem-Terra fizeram uma
caminhada em apoio a Lago.
No julgamento, ocorreu um duelo entre os
ex-ministros do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF) Sepúlveda Pertence, que
defendeu os interesses de Roseana Sarney, e Francisco Rezek, responsável por
tentar convencer os integrantes do TSE de que Jackson Lago não cometeu
irregularidades na eleição. Sepúlveda Pertence tentou convencer os ministros do
TSE que Jackson Lago é um político como os outros, que exerceu mandatos de
deputado e prefeito de São Luís, e não apenas um "médico ingênuo".
Francisco Rezek reagiu em seguida. Disse que Jackson Lago não é um político
tradicional, que é um médico que se entregou à atividade política e que não tem
concessão de rádio e televisão.
A
governadora Roseana Sarney está adotando nestas eleições o mesmo procedimento
que a fez chegar novamente ao Palácio dos Leões, quando assinou em 2010
convênios com prefeituras no valor de quase R$ 1 bilhão com nítido caráter
eleitoreiro. Informações dão conta de que a chefe do executivo estadual usa da
mesma estratégia nestas eleições supostamente assinando convênios com entidades
no intuito de beneficiar aliados que disputam prefeituras no interior.
Um exemplo disso foi
revelado pelo deputado Magno Bacelar (PV) na tribuna da Assembleia Legislativa.
Na
última terça-feira, o parlamentar acusou o governo do Estado, por intermédio de
convênio firmado com uma associação vinculada a um grupo político no município
de Chapadinha, de repassar R$ 1,3 milhão, o que caracterizaria crime eleitoral.
Magno
é vice-líder do atual governo.
Outro
fato que confirma o que pode ser mais uma farra de convênios eleitoreiros é a
série deles celebrados pela Secretaria de Infraestrutura, algo em torno de R$
100 milhões, e pela Secretaria de Saúde, um valor de R$ 120 milhões, conforme
publicado no Diário Oficial do Estado.
Só
nestas duas pastas, sem contar as outras, são mais de R$ 200 milhões em
convênios com associações supostamente ligadas a políticos da base do grupo
Sarney.
O
objetivo, com isso, é eleger o maior número de prefeitos já visando a eleição
para o governo do Estado em 2014, no qual o clã terá como candidato Luis
Fernando (chefe da Casa Civil) ou o senador Edson Lobão para enfrentar o
fortissímo presidente da Embratur, Flávio Dino.
Não
é por menos que nos últimos dias o Palácio dos Leões está bastante movimentado.
A todo instante é chegando e saindo candidatos do interior.
Pode
até não parecer, mas a oposição segue atenta a tudo isso e acompanhando de
perto a celebração dos convênios. Nos próximos dias oposicionistas devem ser
reunir para alinhar a forma de agir quanto a suposta arbitrariedade que está
sendo cometida pela administração Roseana.
Vale lembrar: No mês de junho de 2010,
quatro meses antes da eleição para o governo do Maranhão, foram celebrados pelo
governo Roseana Sarney 979 convênios eleitoreiros, totalizando R$ 400 milhões,
segundo processo de cassação (RCED 809) movido pelo ex-governador José Reinaldo
Tavares contra a diplomação dos atuais governantes maranhenses. Somente nos
dias 23 e 24 de junho, no dia da convenção que homologou a candidatura da filha
do senador José Sarney, foram 545 convênios. Incluindo fundo a fundo,
prefeituras, associações, foram mais de 1 bilhão em convênios eleitoreiros.
0 comentário "Assim como em 2010, governo Roseana Sarney realiza suposta farra de convênios eleitoreiros"
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