Uma Diretora dos Supermercados Maciel, considerada até então braço direito do proprietário da rede, Raimundo Nonato Coelho Maciel, foi presa no último fim de semana, acusada de dar um desfalque de R$ 7 milhões na empresa. O golpe estaria acontecendo há vários meses no Centro de Distribuição do grupo supermercadista, localizado na BR-135.
A polícia investiga se ela contou com o auxílio de outras pessoas para cometer o crime. O proprietário do Maciel e seus advogados acompanham o caso de perto.
Fundada em 1996, a rede de supermercados Maciel tem hoje oito lojas em São Luís e um grande Centro de Distribuição, justamente onde atuava a autora do desfalque. O empreendimento gera centenas de empregos diretos e indiretos e, no últimos anos, vem passando por um franco processo de expansão.
O grupo já foi agraciado várias vezes com o troféu “Carrinho de Ouro”, oferecido pela Associação Maranhense de Supermercados (Amasp), e seu proprietário foi eleito “Empresário do Ano”, em 2009, pela Associação Comercial do Maranhão (ACM).
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) alega que há alguns anos luta pelo encontro de contas entre o Governo Federal e as administrações municipais. A União deve aos Municípios R$ 30 bilhões, enquanto a dívida dos Municípios alcança R$ 25 bilhões. “Apesar dessa diferença, que complica ainda mais a difícil situação financeira dos entes municipais, acontecem fatos como o registrado no primeiro decêndio deste mês de janeiro”, afirma o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski.
Em 24 Estados, 387 Municípios tiveram o primeiro repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) zerado. O primeiro decêndio de janeiro foi creditado no último dia 10, mas esses entes não receberam nada por causa da retenção do parcelamento com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e/ou com a Receita Federal. O levantamento é da CNM.
Paulo Ziulkoski lembra a luta da entidade junto ao Congresso Nacional e o próprio governo na defesa de uma proposta para o encontro de contas. “Em momento de crise é de lamentar esse comportamento que só faz crescer a crise”, afirma.
A CNM usou os extratos do repasse do FPM para chegar a este resultado. Essa retenção do Fundo atingiu 6,9% do total de Municípios. A retenção está prevista na Constituição Federal de 1988, mais especificamente no artigo 160.
Detalhes
Acre, Pará e Roraima foram os Estados que não tiveram Municípios com FPM zerado. Na contramão, São Paulo, Piauí e Rio Grande do Norte foram os que mais tiveram Municípios com este problema: 79, 44 e 32, respectivamente. “Grande parte destes Municípios tem no FPM a principal fonte de receita e este bloqueio acaba causando um enorme problema financeiro a estes entes”, completa Ziulkoski.
Abaixo, os valores referentes aos créditos do FPM e aos débitos com o INSS e/ou com a Receita Federal das seis prefeituras maranhenses:
Com informações da Confederação Nacional dos Municípios (CNM)
Carros estacionados na Rua do Giz: um ano depois, decisão da Justiça ainda é desrespeitada (Foto: Diego Chaves)
Passado um ano da decisão da Justiça Federal que proibiu a circulação de veículos automotores nas praias e no Centro Histórico de São Luís, o desrespeito continua. Resultado de uma ação movida pelo Ministério Público Federal, a determinação recai sobre a prefeitura da capital, que nunca se mobilizou efetivamente para garantir o cumprimento da ordem judicial. Enquanto prevalecem a desobediência e a omissão, banhistas continuam correndo risco de atropelamento e o acervo histórico da cidade vai sendo danificado dia após dia.
Impressiona a falta de compromisso demonstrada pela administração municipal para com a questão. Nem mesmo a possibilidade de arcar com multa diária levou a gestão passada a cumprir o que mandou a Justiça Federal. Divulgada exaustivamente pela imprensa, a determinação, embora tenha chegado ao conhecimento público, jamais foi levada a sério, justamente pelo desprezo da prefeitura para com a medida. Em suas primeiras semanas de governo, o prefeito Edivaldo Júnior (PTC) também ainda não deu qualquer sinal de que fará valer a decisão.
Sem providência alguma, praias como a do Olho d’Água, principal antro do desrespeito, continuam registrando alto risco de atropelamentos, principalmente de crianças, já que muitas brincam inadvertidamente na areia. À noite, o problema se agrava, pois é comum a realização de “rachas”, violação que, embora seja de conhecimento das autoridades de trânsito e de segurança pública, continua a ocorrer e até já foi fotografada e filmada por populares. Em um desses “pegas”, uma adolescente morreu ao ter o corpo dilacerado por um automóvel, há pouco mais de um ano.
A omissão se repete no Centro Histórico. Em meio ao rico conjunto arquitetônico e paisagístico, tem-se a circulação de veículos de todos os portes, desde motocicletas a caminhões usados para carga e descarga de mercadorias. Mesmo recorrentes, os abusos estão longe de ser coibidos, já que a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) jamais recolocou as correntes que antes interditavam os pontos onde o tráfego é proibido, muito menos enviou equipes para controlar o acesso de veículos a esses trechos.
Envolvidos diretamente na questão, o MPF e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) chegaram a ter reuniões com representantes da SMTT para discutir o assunto. Mas, apesar da promessa da secretaria de que tomaria providências, nunca obtiveram a resposta esperada. Diante do desprezo demonstrado pelo órgão municipal ao que fora acertado, seria oportuna uma nova cobrança, dessa vez, com mais rigor.
Cabe agora ao prefeito Edivaldo Júnior providenciar o cumprimento da decisão da Justiça Federal. Por sua condição de cidade histórica e importante pólo turístico, São Luís não pode continuar convivendo com uma situação que afeta diretamente sua imagem país afora e no exterior. Se realmente estiver comprometido em desenvolver a capital, o novo gestor dará atenção imediata ao problema.
Fonte: O Estado do Maranhão
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