O Papa Francisco nomeou nesta quarta-feira, 23 de julho,
padre Jan Kot como bispo da diocese de Zé Doca (MA). O Papa acolheu o pedido de
renúncia apresentado por Dom Carlo Ellena, em conformidade com o cânon 401,
parágrafo primeiro, do Código de Direito Canônico.
Padre Jan Kot nasceu em 10 de maio de1962, na cidade de Maków
Podhalanski, arquidiocese de Cracóvia, Polônia. Em seu país de origem, estudou
engenharia civil, História da Igreja, Teologia e Filosofia.
Foi ordenado presbítero em 20 de junho de 1992. Em 1994, veio
em missão para o Brasil. De 1995 a 2000, atuou como vigário e administrador na
paróquia São José, em Jussaral, município de Cabo de Santo Agostinho (PE).
De 2000 a 2005, foi administrador da paróquia Nossa Senhora
Aparecida e São João Batista, em Vitória de Santo Antão (PE). De 2006 a 2013
foi paróco da paróquia Sagrado Coração de Maria, em Campo Alegre do Fidalgo, na
diocese de São Raimundo Nonato (PI).
Em 2013, assumiu a recém-criada paróquia de Nossa Senhora de
Fátima, em Capitão Gervasio Oliveira (PI). Em fevereiro deste ano, foi enviado
a Sumaré (SP), onde os Oblatos têm casa de formação. Atualmente, padre Jan Kot
é conselheiro da Provincia Oblata do Brasil, criada em 200
Dom Carlos Recebe com felicidade o novo Bispo
“Que alegria quando
ouvi que me disseram...” o Papa escolheu e nomeou o novo Bispo da Diocese de Zé
Doca na pessoa do sacerdote Padre João Kot. “Como são belos os pés do
mensageiro que anunciam a paz...” nas terras do Maranhão, na Diocese de Zé
Doca".
Os pés dos mensageiro
podem até andar semeando no sofrimento e nas lagrimas, mas certamente ceifarão
na alegria. No domingo 13 de julho, a Palavra de Deus trazia para a nossa
reflexão a parábola do Semeador e, consequentemente, da semente jogada
abundantemente no terreno e recebida em diferentes terrenos. Por isso ela produz
frutos em porcentagens diversas. Também a nossa Diocese é terreno muito
diversificado: nele há terreno duro e impermeável; há terreno com muitas
dificuldades e espinhos que sufocam a Palavra de Deus; há terreno que rejeita
ou vive uma experiência religiosa muito superficial; mas há muito terreno bom,
de qualidade; há muitos corações sedentos e esperançosos, prontos a receber e
fazer crescer multiplicando a Palavra de Deus. O senhor é o Semeador, que traz
a semente da doutrina de Cristo e dos Apóstolos. Bem-vindo!
A notícia da sua
nomeação, Dom João, como novo Bispo da Diocese de Zé Doca, estava aguardada,
esperada e, ao ser comunicado oficialmente, se espalhou pelas Paróquias e pelos
Povoados da nossa Diocese com a rapidez dos ventos que, hoje, chamam-se “meios
de comunicação”. Soltamos foguetes e tocamos os sinos em alegria e
agradecimento ao Bom Deus.
O senhor sabe que eu,
bispo (agora administrador), os Padres, os Religiosos, as Religiosas e todo o
povo da nossa Diocese de Zé Doca o estavam esperando desde o ano passado. Na
espera rezamos bastante: foi verdadeira vigília cumprida de espera.
Por isso a nossa
alegria é ainda maior, porque o novo sucessor dos Apóstolos foi nomeado pelo
Papa Francisco e porque o escolhido é o senhor.
As notícias, que chegam,
são extremamente positivas e nos alegram muito. Achamos que, mais uma vez, o
Espírito Santo, através do Papa Francisco, fez uma “obra prima”.
A nossa Diocese é
bastante extensa. São 20 os Municípios numa área geográfica de 35.100 Km²:
parte deles (cinco: de Cândido Mendes até Amapá do Maranhão) estão na região do
Litoral; outra parte (onze) estão ao longo dos 230 Km da BR-316 (de Bom Jardim
até Boa Vista do Gurupi) e 3 (Centro Novo, Centro do Guilherme e São João do
Caru) estão na região da mata (entre 22 a 100 KM adentro). Somente um Município
ainda não é sede paroquial, enquanto a sede da Diocese (Zé Doca) tem duas
Paróquias.
Ao todo contamos com 20
Paróquias, algumas com a presença também de Religiosos ou Religiosas, e 3 ainda
desprovidas de assistência religiosa permanente por falta de Sacerdotes.
Mas temos dois
Seminários funcionando (o Menor em Zé Doca e o Maior em São Luís do Maranhão)
com uma presença relativamente boa de jovens: destas “sementeiras” aguardamos
os próximos operários para a messe do Senhor (350.000 habitantes e mais de
10.000 indígenas) que está presente na Diocese de Zé Doca.
Não adianta dizer que
aqui tudo vai às mil maravilhas: não é bem assim. Somos uma Diocese pobre, que
ainda depende de ajudas de Igrejas do exterior, exemplos de caridade cristã; o
nosso povo é bom, religioso e acolhedor; a frequência é apenas regular, mas a
boa vontade é tanta.
Os problemas que mais
sentimos são: falta de padres e agentes pastorais; falta de empregos; a
educação é ainda faltosa; a assistência sanitária está ainda engatinhando; a
infraestrutura (condições das ruas, do trânsito, atendimento em geral...) e a
ausência dos poderes não ajudam o nosso povo. Mas isso é endêmico na nossa
região e não apenas nela.
Por isso o nosso
bem-vindo, Dom João. Não vai faltar trabalho. Os dons de que mais precisamos
são os das suas forças físicas, morais e religiosas e da sua juventude
contagiante. Pode contar com o “time” de colaboradores (padres, religiosos/as,
animadores, catequistas e grupos pastorais) prontos para serem o prolongamento
de suas mãos, a constância de seu passo, o amor que transmite o seu amor a
todos.
Com muita alegria
estamos prontos e ansiosos para lhe entregar o báculo de Bom Pastor. Acompanharão-lhe
sempre as nossas orações e o desejo de muitos sucessos nesta bonita e querida
terra da Diocese de Zé Doca.
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