SÃO LUÍS - O
superintendente Regional da Polícia Federal no Maranhão, delegado Alexandre
Silva Saraiva, informou nesta segunda-feira, dia 18, durante a coletiva de
imprensa, que a PF pediu a prisão de todos os envolvidos na Operação Cartago,
que desarticulou um esquema fraudulento na carteira de financiamento de imóveis
da Caixa Econômica Federal. Entre os envolvidos no esquema está o empresário
Antonio Barbosa Alencar, o Barbosa, dono da poderosa Construtora Dimensão
Engenharia.
Barbosa teve o pedido
de prisão feita pela PF, mas a Justiça Federal negou e concedeu apenas a
condução coercitiva. A decisão de não decretar as prisões foi do juiz federal
Ivo. Segundo o delegado Sandro Rogério Jansen, coordenador da operação, a
Dimensão Engenharia participou da fraude que teve uma movimentação superior a
R$ 500 milhões. “A Dimensão Engenharia tinha uma empresa de correspondente
imobiliário”, disse o delegado.
Os envolvidos no
esquema estão prestando depoimento na Superintendência Regional da Polícia
Federal no Maranhão, no bairro da Cohama.
Operação - A Polícia
Federal cumpriu hoje pela manhã 44 mandados judiciais, sendo 19 de busca e
apreensão, 18 de condução coercitiva e sete comunicações de suspensão da função
pública. Participaram da ação 121 policiais federais. A investigação verificou
que empregados da Caixa criaram empresas fictícias em nome de parentes. Essas
empresas passaram a ser contratadas pelo banco para prestar serviços como
correspondentes bancários imobiliários. Embora fossem realizados diretamente pelos
clientes, os contratos mencionavam as empresas como intermediárias. O esquema
rendia o pagamento indevido de comissões.
Foram montados
escritórios de atendimento no interior das agências bancárias, utilizando
espaço físico, mesas, cadeiras e até computadores da Caixa. Os empregados
dessas empresas chegaram a ter acesso às senhas restritas aos funcionários da
Caixa. Os criminosos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes
de gestão fraudulenta, estelionato, peculato, corrupção passiva, corrupção
ativa, advocacia administrativa, violação de sigilo funcional, inserção de
dados falsos e sonegação fiscal.
Fonte:Luis Pablo
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