A Supervisão de Educação do Campo é um setor que compõe,
desenvolve, articula e integra ações em parceria com diversas instituições
governamentais e não governamentais movimentos sociais e sindicais que atuam no
campo, em busca da promoção do desenvolvimento sustentável para atender às
necessidades e demandas de educação dos povos campesinos, tendo como princípios
básicos:
Educação que respeite a diversidade étnica, cultural,
ambiental e produtiva dos diversos povos do campo, fortalecendo a identidade
das crianças, jovens, homens e mulheres do campo;
Educação integrada a um projeto popular de agricultura que
valorize e transforme a agricultura familiar/camponesa e que se integre na
construção social de outro projeto de desenvolvimento sustentável de campo e de
país;
Educação para superar a oposição entre campo e cidade e a
visão predominante de que o moderno e o mais avançado é sempre o urbano, e que
o progresso de um país se mede pela diminuição da sua população rural;
Mudança da forma arbitrária atual de classificação da
população e dos municípios como urbanos ou rurais; que dá uma falsa visão do
significado da população do campo em nosso país, e tem servido como
justificativa para a ausência de políticas públicas destinadas a ela;
O campo como um lugar de vida, cultura, produção, moradia,
educação, lazer, cuidado com o conjunto da natureza, e novas relações
solidárias que respeitem a especificidade social, cultural e ambiental dos seus
sujeitos. Dessa dinâmica social e cultural se alimenta a educação do campo;
Educação articulada ao conjunto de políticas que visem a
garantia do conjunto dos direitos sociais e humanos do povo brasileiro que vive
no e do campo. O direito à educação somente será garantido se articulado ao direito
à terra, à permanência no campo, ao trabalho, às diferentes formas de produção
e reprodução social da vida, à cultura, aos valores, às identidades e às
diversidades. E deve ser assumida como dever do Estado.
Objetivos
Elaborar, de forma participativa, diretrizes e estratégias
para uma Política Pública de Educação do Campo no Maranhão;
Incluir a questão da Educação do Campo na agenda de lutas de
um número cada vez maior de instituições governamentais, movimentos sociais e
sindicais de trabalhadores e trabalhadoras do campo;
Publicar pesquisas sobre a realidade da educação no campo;
Trabalhar para garantir a universalização e a melhoria da
qualidade do Ensino Fundamental nas áreas rurais;
Trabalhar na perspectiva de expandir o Ensino Médio para as áreas
rurais;
Fazer as adequações dos currículos e/ou elaborar propostas
curriculares para atenderem às necessidades e às questões do campo e dos
interesses dos seus sujeitos.
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