Estamos
revivendo os anos de 1992, 0nde . Milhares de jovens em todo o país pintaram o
rosto de verde e amarelo e organizaram passeatas pelo impeachment do então
presidente Fernando Collor de Mello, aquele conhecido popularmente como caçador
de marajás.
O movimento, que resultou em centenas de
jovens de cara pintada pedindo a queda do presidente, começou a se formar três
meses antes de ganhar as ruas. Em 29 de maio, foi organizado um fórum pelo
afastamento de Collor do cargo, que contou com a participação de partidos
políticos e da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Com o avanço das investigações e com as
declarações favoráveis ao afastamento do presidente sendo amplamente coberta
pela mídia, uma parcela de jovens da classe média se mobilizou. Os caras-pintadas
surgiram como uma resposta bem-humorada desses jovens ao apelo feito pelo
presidente Collor. Em 14 de agosto de 1992, Collor foi à televisão para rebater
as denúncias de corrupção pelas quais estava sendo investigado e conclamar a
população a sair às ruas vestindo verde e amarelo. Seria uma forma de
manifestar apoio ao seu governo, que estava com as estruturas abaladas.
De fato, milhares de pessoas foram às ruas, mas não com o intuito
desejado pelo então presidente. O verde e amarelo foi substituído pelo preto e
o que se viu foi o início de um movimento popular pela derrubada do primeiro
presidente eleito democraticamente após a ditadura militar.
Esse pequeno
histórico sobre o Ex-Presidente Collor
está se repetindo no Governo de Dilma Roussef, não haverá de demorar para a
mesma também ser cassada, o Brasil não suporta mais essa mulher no Poder.
Veja como foram as manifestações do fora Dilma
em todo o Brasil.
Número estimado de
manifestantes é praticamente o mesmo do protesto de abril e inferior ao de
março. Marcado por palavras de ordem contra Dilma, Lula e o PT, ato ocorreu sem
incidentes
As manifestações contra o governo federal reuniram 25 mil pessoas em Brasília,
na manhã deste domingo (16), de acordo com a Polícia Militar do Distrito
Federal. Para os organizadores, 40 mil pessoas estiveram na Esplanada dos
Ministérios para protestar contra a presidente Dilma, o PT e as denúncias de
corrupção na Petrobras. Os números são próximos aos registrados nos protestos
de 12 de abril e inferiores aos divulgados na manifestação de 15 de março – as
duas realizadas este ano. Na ocasião, a PM estimou em 40 mil o público
presente. Já a Polícia Legislativa do Senado, estimou em 10 mil o número de
manifestantes em frente ao Congresso Nacional.
Convocadas em quase 280 cidades, as manifestantes
se espalharam por outros nove estados: Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Pará, Rio
de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Pernambuco e Paraná.
Em Brasília, a concentração começou por volta das
8h30. Em algumas cidades do Distrito Federal, como Águas Claras, a 25
quilômetros do Plano Piloto, os manifestantes organizaram carreata, com cerca
de 50 veículos, até o Plano Piloto com o apoio de um carro de som. Houve
foguetório e grito de palavras de ordem.
No percurso até o Congresso Nacional, os
manifestantes gritaram “fora PT” e “olê, olê, eu vim pra rua para derrubar o
PT”, entre outras frases. Em alguns momentos, as pessoas entoaram o Hino Nacional
Brasileiro. Houve também momentos de hostilidade contra a presidente Dilma
Rousseff, com o uso inclusive de palavrões.
Os manifestantes também levaram uma faixa de
aproximadamente 50 metros de comprimento com a inscrição “Impeachment já”. A
faixa foi estendida sobre o gramado do Congresso Nacional. Outros cartazes
pediam o fim da corrupção e endossaram as ações da Polícia Federal (PF) e do
Ministério Público Federal (MPF) na Operação Lava Jato. Outros manifestantes,
de forma pontual, chegaram a pedir “intervenção constitucional”.
Na concentração, crianças foram postas no trio
elétrico para dirigir palavras de ordem contra o governo federal. O protesto
também foi marcado pelo bom humor. Alguns manifestantes se fantasiaram para
criticar o governo. Até Pelé, o “rei do futebol”, apareceu erguendo um cartaz
contra Dilma e o PT.
A jornalista Mércia Maciel, de 49 anos, levantou
uma faixa preta com a frase “o PT roubou meu protesto”. “Eles se apoderaram de
tudo. Inclusive do meu direito legítimo de me manifestar”, ironizou a
jornalista.
Até um boneco inflável com a caricatura do
ex-presidente Lula foi usado para protestar contra o governo. O boneco estava
vestido como presidiário, com o número 13.171 (em referência ao PT e ao artigo
do Código Penal que tipifica o estelionato) e “acorrentado” a uma bola escrita
“Operação Lava Jato”.
Os manifestantes também empunharam cartazes com
dizeres com “pedalada, só de bike”, em alusão ao processo que Dilma responde no
Tribunal de Contas da União (TCU) por conta do represamento proposital de
repasses de recursos de benefícios sociais aos bancos públicos, a chamada
“pedalada fiscal”.
Houve também pessoas que participaram dos protestos
com camisetas em homenagens ao juiz Sérgio Moro, responsável pela condução dos
processos da Operação Lava Jato. “Ele tem feito um belo trabalho. Ele também é
muito corajoso e muito ético no que faz”, declarou a militar da reserva Cintia
Maria da Silva.
As mobilizações ocorreram em um clima pacífico. As
pessoas vieram acompanhadas de familiares e muitos manifestantes trouxeram
crianças, inclusive de colo. O único incidente registrado até o momento foi a
expulsão de algumas pessoas que protestaram com a faixa “volta, Sarney”, em
alusão ao ex-presidente José Sarney (PMDB-AP).
“Queremos um Brasil melhor. Não adianta somente
tirar a presidente Dilma. Temos que varrer o Congresso Nacional e até o
Judiciário. Do jeito que está não dá mais”, criticou a administradora Adriana
Peruche.
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