Suspeita de desvios milionários da educação do município e
conhecida por ostentar vida de luxo nas redes sociais, Lidiane se entregou à
polícia nesta segunda-feira (28) e foi ouvida no mesmo dia. Logo após a prisão,
o advogado dela, Sérgio Muniz, disse que ex-prefeita não saiu da cidade.
Para o delegado PF Ronildo Lajes, responsável pelo caso, a
declaração é uma "manobra" da defesa. “Isso de ela estar lá na cidade
não existe. Isso foi manobra do advogado para querer dizer que ela não estava
em fuga”,
“Foram feitas diversas diligências lá no município. Ele
[Sérgio Muniz] chegou a dizer que ela não estava lá e que ela estava governando
lá. Isso não existe. Ela sabia que era procurada. Todo mundo estava atrás,
fazendo diligências. Ele, simplesmente, quis negar que ela estivesse foragida”,
completa.
“Ela disse que estava numa aldeia indígena de Bom Jardim,
mas essa possibilidade a gente acredita que é remota, e a gente acredita que
ela possa estar tentando esconder uma pessoa que pudesse estar ajudando”,
declarou Lajes.
Diligências complementares vão ser feitas para encontrar
possíveis comparsas de Lidiane Leite. “Fato é que havia, sim, uma pessoa
orientando. Isso a gente tem certeza. A gente vai tentar, agora, ver se
identifica”, completa.
Na entrevista coletiva concedida nesta terça-feira, o
delegado Ronildo Lajes falou sobre as buscas feitas na região. "As
diligências foram feitas sim na cidade e no interior de Bom Jardim, mas é claro
que o advogado está no papel dele de tentar amenizar as coisas para a
investigada. De fato, ela estava foragida, e não tem como alguém afirmar que
ela estava governando em Bom Jardim", disse.
Visita
Na manhã desta terça, a ex-prefeita começou a receber visita
de familiares no Presídio do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do
Maranhão (CBM-MA), onde está presa. O primeiro encontro foi com a mãe, Marlene
Leite, e durou cerca de uma hora.
Delegado responsável pelo inquérito acredita em 'manobra' da
defesa.
'Fato é que havia, sim, uma pessoa orientando', diz Ronildo
Lajes
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