O dado faz parte de estudo realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada que faz análise de todos os estado brasileiros
O Maranhão
está entre os três estados da região Nordeste com a concentração de municípios
com registros de alta vulnerabilidade social, Alagoas e Pernambuco completam a
lista. O dado faz parte de estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) que lançou nesta terça-feira, 1º de setembro, em
Brasília, a publicação e a plataforma web (ivs.ipea.gov.br) do Atlas da
Vulnerabilidade Social nos Municípios Brasileiros, que traz o Índice de
Vulnerabilidade Social (IVS) para os 5.565 municípios do país.
Na análise de
municípios por faixa de prosperidade social feita pelo estudo às cidades
maranhenses de Paço do Lumiar e São José de Ribamar aparecem na faixa média de
prosperidade social, em 2010, junto com outros 923 municípios. Elas se destacam
também pela combinação de alto desenvolvimento humano com alta vulnerabilidade
social.
O Ipea concluiu que a quantidade de municípios
brasileiros com alta ou muito alta vulnerabilidade social caiu de 3.610 em 2000
para 1.981 em 2010. Já o número de municípios com baixa ou muito baixos
vulnerabilidade social passou de 638 em 2000 para 2.326 dez anos depois. A
evolução foi mais nítida em alguns estados das regiões Centro-Oeste (como a
faixa de fronteira do Mato Grosso do Sul), Norte (especialmente Tocantins) e
Nordeste (com destaque para o sul da Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e leste
de Pernambuco).
Renda e Trabalho
A dimensão do IVS em que o país apresentou maior
redução é a de Renda e Trabalho, que envolve indicadores de insegurança de
renda e de precariedade nas relações de trabalho. Todos os cinco indicadores
desta dimensão tiveram melhoria entre 2000 e 2010, refletindo a redução da
informalidade, a redução do trabalho infantil e o aumento da ocupação.
O IVS Renda e Trabalho era, em 2000, de 0,485
(alto). Em 2010, o sub índice foi de 0,320, registrando uma evolução da ordem
de 34%. Entre os indicadores de Renda e Trabalho, aquele relativo à desocupação
da população de 18 ou mais anos de idade foi o que mais caiu no país – redução
em torno de 47% no período.
Capital Humano
O sub índice que sofreu a segunda maior retração no
período diz respeito ao Capital Humano. Este conjunto de indicadores que
retratam aspectos sociais diversos de exclusão social, acesso aos serviços de
saúde e educação, e situações de vulnerabilidade decorrentes de aspectos
demográficos e familiares, caiu 28%, passando de 0,503 (muito alta) para 0,362
(média). Destacam-se os avanços observados nos indicadores que medem o
percentual de pessoas de 6 a 14 anos que não freqüentam a escola (52% de queda)
e a mortalidade até 1 ano de idade (45% de queda), expressando, claramente,
avanços resultantes de políticas sociais implementadas ao longo dos anos 2000.
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