Os
líderes dos partidos de oposição ao governo na Câmara dos Deputados tentarão
esta semana convencer o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a manter o
cronograma acertado previamente com o grupo para colocar o impeachment em pauta
entre amanhã e quarta-feira. Embora ainda acreditem que ele pode acatar a
petição feita pelos juristas Helio Bicudo e Miguel Reale Jr, considerada a peça
mais consistente, a oposição já tem pronto um recurso para ser apresentado se
Cunha indeferir o pedido.
Regimentalmente, o presidente da Casa é obrigado a submeter o recurso a plenário. Para que ele seja aprovado basta maioria simples. O bloco oposicionista, que dava suporte político a Cunha, defendeu anteontem (10/10) o afastamento dele da Presidência da Câmara dos Deputados, a partir da revelação de detalhes sobre contas que ele supostamente abriu e operou na Suíça.
Os parlamentares dirão a Cunha que a divulgação de documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça ao Brasil que comprovam que um negócio de US$ 34,5 milhões fechado pela Petrobrás em 2011, no Benin, na África, serviu para irrigar as quatro contas no país europeu que têm ele como beneficiários tornou insuportável a pressão por um gesto público de distanciamento.
Regimentalmente, o presidente da Casa é obrigado a submeter o recurso a plenário. Para que ele seja aprovado basta maioria simples. O bloco oposicionista, que dava suporte político a Cunha, defendeu anteontem (10/10) o afastamento dele da Presidência da Câmara dos Deputados, a partir da revelação de detalhes sobre contas que ele supostamente abriu e operou na Suíça.
Os parlamentares dirão a Cunha que a divulgação de documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça ao Brasil que comprovam que um negócio de US$ 34,5 milhões fechado pela Petrobrás em 2011, no Benin, na África, serviu para irrigar as quatro contas no país europeu que têm ele como beneficiários tornou insuportável a pressão por um gesto público de distanciamento.
Os
tucanos irão argumentar que, uma vez licenciado, Cunha passaria a ser "um
deputado como outro qualquer". Ou seja: passaria a estar em situação
idêntica aos demais deputados que são alvo de inquéritos policias no STF e,
mesmo que a Corte aceite a denúncia, o peemedebista estaria na mesma situação
que outros parlamentares. Em outra frente, os deputados de oposição já começam
a discutir reservadamente opções de nomes para substituir Cunha na Presidência
da Câmara
O perfil
ideal é o de um peemedebista afinado com a oposição, mas que tenha bom trânsito
entre o alto e baixo clero. O nome mais lembrado é do deputado pernambucano
Jarbas Vasconcelos.
Apesar da
predileção da oposição por Jarbas, Leonardo Picciani é o nome mais cotado no
Planalto para substituir Cunha. "Quanto mais tempo demorar (para Cunha
deixar a Presidência), pior será. Quanto mais rápido vier a solução, melhor
para o País. Se tivesse na presidência da Câmara um deputado sem nenhum
problema maior seria mais fácil. A situação de Cunha é um elemento de
turbulência no andamento do pedido de impeachment", diz o ex-governador
Alberto Goldman, vice-presidente nacional do PSDB.
Jornal O Estado de S.Paulo
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