Com 3.700 casos, Honduras declara emergência nacional por zika vírus

Aedes aegypti, que transmite dengue e chikungunya, também pode transmitir o zika vírus (Foto: CDC-GATHANY/PHANIE/AFP)


O presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, declarou nesta segunda-feira (1º) o estado de emergência nacional pela propagação do zika vírus, doença que já infectou 3.700 pessoas no país desde dezembro.

A emergência foi decretada durante o Conselho de Ministros dirigido pelo presidente Hernández, indicou a ministra assessora de Estratégia e Comunicação, Hilda Hernández, em mensagem no Twitter.

A ministra da Saúde de Honduras, Yolany Batres, disse hoje aos jornalistas que o país contabiliza 3.649 casos de infecções por zika apenas neste ano, que se somam aos 51 registrados em dezembro, quando o primeiro caso foi confirmado.

Na reunião do Conselho de Ministros, Yolany pediu à população que combata a proliferação do mosquito "Aedes Aegypti", transmissor do zika vírus, da dengue e da chikungunya.

A ministra enfatizou que a prevenção é a principal ferramenta para reduzir o impacto do zika, e recomendou às famílias que mantenham limpos os pátios de suas casas e que não armazenem água em recipientes abertos ao ar livre.
Em um pronunciamento na Casa Presidencial, o secretário do Conselho de Ministros, Ebal Díaz, disse que os prefeitos hondurenhos vão se envolver nos trabalhos de combate ao zika vírus.
O Conselho de Ministros também ordenou a ativação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Riscos (Sinager) para coordenar e reforçar as medidas preventivas diante da propagação do zika em Honduras.
A declaração de emergência em Honduras acontece depois que o Comitê de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou uma emergência sanitária de alcance internacional para os casos de microcefalia e de desordens neurológicas surgidos no Brasil.

A representante da Organização Pan-americana da Saúde (OPS) em Honduras, Ana Treasure, pediu que os hondurenhos não baixem a guarda para o vírus.
"Temos que nos mexer a eliminar os criadouros de larvas", ressaltou Ana, que indicou que existe "um vínculo" entre a síndrome de Guillain-Barre e o zika.

Além disso, a representante da OPS chamou a atenção da população para que continue colaborando no "trabalho de prevenção" para erradicar os criadouros de mosquitos, que normalmente escolhem locais com água limpa e parada para se reproduzir.


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