Ronaldo
Cunha Lima também foi beneficiário e após seu falecimento foi transferido para
a esposa Glória Cunha Lima.
A farra das aposentadorias vitalícias
para ex-governadores e viúvas, que consomem R$ 49,4 milhões por ano dos cofres
públicos e são pagas ainda por 21 estados brasileiros, voltou à mira do Supremo
Tribunal Federal (STF).
O Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB), que na semana passada anunciou que entrará com uma
ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no STF contra as pensões pagas para
ex-governadores da Bahia, articula a proposição de uma súmula vinculante, que
leva em conta a jurisprudência a partir de casos análogos, para acabar com
todos os benefícios.
Hoje, pelo menos 114 ex-governadores
têm direito a receber salário até morrer. Na Paraíba seis beneficiados podem
ter seus benefícios cortados. Nos bastidores da Corte, alguns ministros já se
mostraram favoráveis à ideia de elaborar uma súmula. Até o momento, Acre, Mato
Grosso, Paraná, Pará, Piauí, Paraíba, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro,
Rondônia, Roraima e Sergipe estão sendo questionados, por meio de Adins, no
Supremo.
Alguns casos já tramitam há mais de
cinco anos. Em abril do ano passado, o STF considerou inconstitucional o
pagamento de pensão vitalícia a ex-governadores do Pará.
Só nos estados do Amapá, do Espírito
Santo, de São Paulo, do Tocantins e no Distrito Federal, não há aposentadoria
para ex-governadores.
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe, Alagoas, Ceará, Minas
Gerais, Rio Grande do Norte e Pernambuco não concedem mais o benefício para
novos ex-governadores. No entanto, aqueles que já recebiam antes de alteração
nas respectivas legislações não foram atingidos. O Rio Grande do Sul, por
exemplo, aboliu o benefício no fim do ano passado.
O projeto que previa o fim da
aposentadoria vitalícia foi aprovado por unanimidade em 8 de dezembro na
Assembleia Legislativa. Agora, o subsídio mensal, no valor de R$ 25,32 mil,
para os próximos governadores, será concedido por apenas quatro anos.
Atualmente, oito ex-governadores recebem a pensão vitalícia:
Jair Soares (PDS, hoje no PP), Pedro
Simon (PMDB), Alceu Collares (PDT), Antonio Britto (PMDB, hoje sem partido),
Olívio Dutra (PT), Germano Rigotto (PMDB), Yeda Crusius (PP) e Tarso Genro
(PT).
Paraíba
O pai de Cássio Cunha Lima, Ronaldo Cunha Lima (PSDB), que também foi governador da Paraíba (1991-1994), também foi beneficiário da aposentadoria vitalícia, que após seu falecimento foi transferido para a esposa do ex-governador Glória Cunha Lima.
O pai de Cássio Cunha Lima, Ronaldo Cunha Lima (PSDB), que também foi governador da Paraíba (1991-1994), também foi beneficiário da aposentadoria vitalícia, que após seu falecimento foi transferido para a esposa do ex-governador Glória Cunha Lima.
Os outros cinco ex-governadores que
recebem o benefício são Roberto Paulino (2002), Cícero Lucena (1994), José
Maranhão (1995-2002 e 2009-2011) este pediu licença do beneficio após assumir o
senador em 2015, Milton Bezerra Cabral (1986-1987) e Wilson Braga (1983-1986).
A viúva do ex-governador Tarcísio Burity, Glauce Maria, também é uma das
contempladas com a pensão e recebe o benefício do governo do Estado desde julho
de 2003.
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