CONTRA O IMPEACHMENT: Weverton Rocha, Victor Mendes, Pedro Fernandes, Júnior Marreca, Zé Carlos, Alberto Filho, João Marcelo, Aluisio Mendes, Hildo Rocha e Rubens Jr.Adicionar legenda |
Os últimos acontecimentos da crise política que sufoca o
País, principalmente a aprovação do relatório da Comissão Especial recomendando
o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), tiveram impacto importante
sobre a bancada federal do Maranhão, fazendo com que os parlamentares
definissem suas posições em relação ao futuro da chefe da Nação. Na semana que
passou, a Coluna levantou as tendências de voto dos 18 deputados federais. Com
as mudanças, o posicionamento de vários deputados também sofreu alteração,
principalmente com a definição dos que estavam indecisos. Agora, o quadro é o
seguinte: cinco deputados são a favor do impeachment, 10 deputados são contra,
e apenas três parlamentar estão indecisos. Situação bem diferente do quadro
divulgado ontem pelo jornal O Estado de S. Paulo, que apresentou cinco
deputados a favor do impeachment, quatro deputados contra, seis indecisos e
três não foram contatados pelo diário paulista.
O levantamento feito pela Coluna encontrou o seguinte quadro:
a favor do impeachment: Eliziane Gama (PPS), Juscelino Filho (DEM), João
Castelo (PSDB), Sarney Filho (PV) e André Fufuca (PP); contra o
impeachment: Weverton Rocha (PDT), Zé Carlos (PT), Pedro Fernandes (PTB),
Rubens Jr. (PCdoB), João Marcelo Souza (PMDB), Victor Mendes (PSD), Júnior
Marreca (PEN), Hildo Rocha (PMDB), Aluísio Mendes (PTN) e Alberto Filho (PMDB).
No novo quadro, o grupo de apoiadores do impeachment ganhou
mais um deputado, André Fufuca, que resolveu fechar com a banda do PP que
rompeu com a presidente Dilma Rousseff. Fufuca chegou a informar a colegas que
estava inclinado a apoiar a presidente, mas houve uma reviravolta dentro da
bancada do PP, que agora está dividida, e ele já teria decidido apoiar o
impeachment. Já o deputado José Reinaldo Tavares, que parecia ter rompido com o
Palácio do Planalto quando o seu partido, o PSB, anunciou o apoio ao
impeachment, teria ficado numa situação delicada. José Reinaldo não tem
interesse numa briga com o Governo, já que no momento começa a viabilizar a
implantação de uma unidade do Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA) em
Alcântara, projeto ao qual tem se dedicado quase que integralmente. Os
entendimentos com o Governo estão avançados, tanto que recentemente um passo
foi dado num audiência com o comando da Aeronáutica em que algumas decisões
foram tomadas no sentido de concretizar o projeto.
A FAVOR DO IMPEACHMENT: Eliziane Gama, João Castelo, André Fufuca, Juscelino Filho e Sarney FilhoAdicionar legenda |
Os deputados que integram o grupo favorável ao impeachment se
posicionaram com motivações diferentes. Eliziane Gama segue à risca a
orientação do PPS, que juntamente com DEM e PSDB forma o trio de frente da
oposição que prega a derrubada da presidente. O mesmo caso envolve o deputado
Juscelino Filho, que ganhou o comando do DEM no Maranhão e não poderia ficar
contra a orientação do partido, que fechou questão pelo impeachment. João
Castelo também segue a cartilha do PSDB, que não aceita discussão interna e
fechou questão pelo impeachment. E o deputado Sarney Filho está alinhado à
posição do seu partido, o PV.
E também os que são contra o impedimento têm um caminhão de razões
para salvar o Governo da presidente Dilma Rousseff. Líder da bancada do PDT na
Câmara Federal e um dos seus principais articuladores, o deputado Weverton
Rocha segue à risca a posição do partido tomada contra o impeachment, e
trabalha para que a bancada vote em peso com a presidente. O deputado Rubens
Jr. segue rigorosamente a orientação do PCdoB contra o impedimento, sendo
também um dos porta-vozes do palácio do Planalto na Câmara. O deputado Zé
Carlos é do PT, e ponto final. O deputado Pedro Fernandes tem posição
dissidente da orientação nacional do PTB, que quer a bancadas votando em bloco
contra a presidente. O deputado João Marcelo segue a dissidência do PMDB que
não desembarcou e firme no apoio à chefe da Nação. O deputado Victor Mendes
(PSD) segue a orientação do PSD. Júnior Marreca liberou a bancada do PEN e se
posicionou contra o impeachment.
O deputado Hildo Rocha entrou na dissidência do PMDB,
preferindo seguir a banda alinhada ao Palácio do Planalto. O deputado Aluísio
Mendes enfrentou problemas na bancada do PTN, que lidera na Câmara, mas
resolveu o impasse com a liberação do voto, tendo declarado seu voto contra o
impeachment na reunião da Comissão Especial quer votou o relatório. Mesmo
ligado ao presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), Cléber Verde
vota com o Palácio do Planalto. O deputado Alberto Filho decidiu seguir a
dissidência do PMDB.
rês
membros da bancada estão em situação complicada e, por isso, podem ser
colocados na “bancada” dos indecisos. O primeiro é José Reinaldo Tavares (PSB),
que na lista anterior foi apontado como contrário ao impeachment não declarou
voto, apesar de estar liberado para votar como bem entender. O segundo é Waldir
Maranhão, 1º vice-presidente da Câmara Federal, e cujo partido, o PP, decidiu ontem
à noite fechar questão a favor do impeachment, situação igual à de Cléber
Verde, que estava inclinado a votar contra o impeachment, mas o seu partido, o
PRB, fechou ontem questão a favor. A situação partidária pode, porém, não ser
entrave para Waldir Maranhão e Cléber Verde, que poderão “peitar” suas
agremiações e votar com a presidente Dilma Rousseff. Afinal, os dois controlam
pelo menos cinco cargos federais no Maranhão, entre eles a superintendência
regional do Incra e o comando regional do Iphan.
É claro que a dinâmica e as “razões” da política têm poder de
criar situações novas de uma hora para outra. Daí não será nenhuma surpresa se
algumas posições forem alteradas daqui até domingo, quando, numa sessão
histórica, os 513 deputados federais decidirão o futuro do pedido de
impeachment da presidente Dilma Rousseff.
É claro que a dinâmica e as “razões” da política têm poder de
criar situações novas de uma hora para outra. Daí não será nenhuma surpresa se
algumas posições forem alteradas daqui até domingo, quando, numa sessão
histórica, os 513 deputados federais decidirão o futuro do pedido de
impeachment da presidente Dilma Rousseff.
0 comentário "Deputados se movimentam em Brasília e agora são 10 por Dilma, cinco pelo impeachment e três estão indecisos"
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