Dutra exige rapidez e transparência na apuração da morte de Décio Sá…

Dutra vai acompanhar investigação do caso Décio
Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, Deputado Federal maranhense Domingos Dutra (PT) exigiu  “investigações rápidas e transparentes” do caso.
Em São Luís para acompanhar o andamentos das investigações, Dutra entende que só com o acompanhamento independente da imprensa e a participação dos Ministérios Públicos Federal e Estadual e da Polícia Federal vai evitar queima de arquivos ou métodos que desvie as responsabilidades dos principais executores e mandantes do crime.
Para a Comissão de Direitos Humanos, a execução do jornalista Decio Sá, por pistoleiros, tem todos os ingredientes utilizados em ações do crime organizado que se mantém e se sustenta através da corrupção de recursos públicos.
Dutra solicitou providências aos órgãos de segurança estadual e federal e acompanhará passo a passo as investigações.
Para que haja condenação da pistolagem e do mandante do assassinato…

Fenaj se retrata por verborragia de jornalista maranhense…

A Federação Nacional dos Jornalistas pediu desculpas oficiais, hoje à noite, pelas ofensas do jornalista Emílio Azecedo ao povo maranhense.
- Informamos que já tomamos as providências necessárias para uma melhor definição do conteúdo que a página da FENAJ deve exibir e pedimos desculpas pela publicação inadequada – declarou a nota.
Maranhense, Emílio Azevedo aproveitou-se da morte do jornalista Décio Sá para fazer proselitismo pólítico contra o governo Roseana Sarney (PMDB) e acabou agredindo o estado em que mora.
O caso ganhou mais repercussão por que recebeu destaque na página da Fenaj no facebook, o que indignou a jornalista Rafaela Marques.
A indignação da jornalista elvou ao pedido de desculpas da entidade.
Abaixo, a íntegra da nota da Fenaj:
“Cara Rafaela,
A diretoria-executiva da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) lamenta que uma matéria reproduzida em nossa página no Facebook, na qual estão registrados comentários do presidente da FENAJ e de um jornalista do Maranhão, tenha ofendido ao povo maranhense. Tranquiliza-nos o fato de que as declarações, que provocaram a indignação registrada em sua carta, tenha sido do jornalista maranhense, mas isto não nos exime da responsabilidade de ter contribuido para dar maior divulgação a elas.
Informamos que já tomamos as providências necessárias para uma melhor definição do conteúdo que a página da FENAJ deve exibir e pedimos desculpas pela publicação inadequada.
Atenciosamente,
Maria José Braga
Vice-presidente da FENAJ

Carta aberta à Fenaj e a Emílio Azevedo…


Por Rafaela Marques
No fim da última segunda-feira, a imprensa do Maranhão ficou em choque com a notícia do assassinato do jornalista Décio Sá, um de nossos nomes mais atuantes na reportagem de política e possivelmente o mais conhecido blogueiro. A repercussão internacional desta violência acontecida em nosso estado nos envergonha e entristece. Eu, jornalista por formação, sinto-me ultrajada.
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) publicou justa nota, que eu mesma reproduzi entre amigos, bem como várias outras entidades representativas de classe e grupos de defesa de nossa profissão, a exemplo da ONG Repórteres sem Fronteiras.
Hoje, qual não foi a minha surpresa ao receber uma atualização da página da FENAJ no Facebook, em que uma matéria da “Rádio Brasil Atual”, foram colocadas lado a lado as declarações concedidas em entrevista por Celso Augusto Schröder, presidente desta entidade, a outras afirmações feitas por um senhor chamado Emílio Azevedo, do inexpressivo jornal maranhense “Vias de Fato”.
O senhor Emílio declara que o assassinato de Décio Sá é “reflexo do ambiente pouco civilizado da região” e que aqui “prevalece a barbárie”.
Não conheço o senhor Emílio, mas gostaria de deixar claro a minha indignação em vê-lo repetir chavões preconceituosos difundidos largamente na internet sobre o estado em que nasci, cresci e me tornei jornalista.
Entretanto, o que mais me choca é que uma entidade como a FENAJ, símbolo máximo do que deve ser a representação de uma classe ainda violentada, cede espaço para a repercussão de um conteúdo leviano como este.
Enfatizo: não me sinto em um estado de barbárie, embora o assassinato de Décio Sá seja, de fato, uma barbaridade. Não convivo com pessoas pouco civilizadas, mas infelizmente, entre nós, existe uma mente rasa como a do senhor Emílio Azevedo, que, suponho, sente-se envaidecida de conceder entrevista – quando deveria preferir entrevistar. Considero a declaração repercutida pela FENAJ de extremo mau gosto, um acinte e um desrespeito aos profissionais desta região, que estudaram teorias do jornalismo, que todos os dias buscam a Verdade, enquanto paradigma filosófico e enquanto subsídio para seu trabalho diário de servir a sociedade.
Repudio veementemente o cenário que vejo: num momento em que todos lamentam a situação vivenciada, se afirmam velhos preconceitos. Neste momento, estou envergonhada. Não de viver num estado em que “prevalece a barbárie” e de conviver com pessoas “pouco civilizadas”, mas da violência que vitimou Décio Sá, da FENAJ e do senhor Emílio Azevedo.
Certamente o autor desta declaração considera o Maranhão um estado “pouco civilizado” porque não alcançou qualquer projeção em seu meio profissional. A ele, minha sincera rejeição. Sobre a “Rádio Brasil Atual”, recomendo mais cuidado na escolha da fonte e um maior apuro das informações colocadas em suas matérias.
Lamento, por fim, que num momento em que lutamos pelo o reestabelecimento da exigência do diploma para o exercício do jornalismo, profissionais atuem deixando claro que lições como não foram aprendidas numa Universidade.


Perseguição ou tocaia???

Local onde Décio Sá foi morto: jornalitas se aglomeram em frente ao bar
Este blog segue a linha de raciocínio do jornalista Roberto Kenard com relação à dinâmica do assassinato de Décio Sá.
A própria polícia já reconhece oficialmente que, para matar Décio, o assassino contou com uma logística envolvendo outras três pessoas – uma numa moto, outro a observar a área e um terceiro, de carro, aguardando em outro local.
A questão está exatamente neste ponto.
Com estes dados já comprovados, não há como duvidar de que, mais do que seguido – ou perseguido – até o local do crime, Décio Sá fora vítima de uma emboscada.
Para montar uma rota de fuga com tantos detalhes, os bandidos necessitavam saber que Décio Sá iria estar, exatamente, no restaurante Estrela do Mar.
Por isso montaram a estratégia: o executor chega na garupa em uma moto, atira, volta pro veículo, segue até antes da barreira eletrônica – para evitar ser filmado – e sobe o morro, onde um carro o aguardava do outro lado.
É assim que a polícia conta.
Mas, e se Décio Sá não fosse para o Estrela do Mar? E se ele resolvesse jantar com o colega Luís Cardoso no Dona Maria?  Ou optasse por comer o macarrão com Fábio Câmara, no Sushibar?
Os bandidos montaram a tocaia por que tinham convicção de que ele sairia mesmo do jornal diretamente para o Estrela do Mar.
E para isso, teria que ser atraído pra lá…
 

Aluísio Mendes admite: “crime é de difícil solução”…

Aluísio: sem prazo para resultados...
O secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, admitiu hoje que o assassinato de Décio Sá “é um crime de difícil solução”.
Só provas do tipo imagens, sons, mensagens eletrônicas e telefones, segundo ele, são 22,8 mil para serem analisadas.
Aluísio decretou o sigilo das investigações e afirmou:
- Vamos usar todo o tempo que for preciso para elucidar este caso. Não temos obrigaçãod e resolvê-lo em 24, 48, 72 horas… Vamos usar o tempo necessário.
De tudo o que foi dito na entrevista, a admissão da dificuldade e solução do crime foi a mais importante declaração do secretário.
Perguntas sobre pessoas que falaram com Décio Sá no caminho dele para a morte, Aluísio resiste a responder.
Também não diz que linha de suspeição é  a mais provável para se definir a linha de investigação.
A polícia precisa ter tranquilidde para a investigação, mas pode trabalhar sem prazo para dar respostas à sociedade.
E o tempo só beneficia os interessados na morte de Décio Sá – todos eles.

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