Edivaldo Holanda Jr. decreta estado de emergência na Saúde por 90 dias


O secretário Vinicius Nina e a secretária adjunta, Sílvia Cavalcanti durante coletiva  (Gilson Teixeira/OIMP/D.A Press)
O secretário Vinicius Nina e a secretária adjunta, Sílvia Cavalcanti durante coletiva
O prefeito Edivaldo Holanda Júnior decretou estado de emergência na saúde em São Luís pelos próximos 90 dias. O anúncio foi feito pelo secretário Vinicius Nina em coletiva de imprensa realizado nesta quinta-feira (10), no Palácio La Ravardiere.

Segundo o secretário, a situação encontrada no setor "é alarmante e de abandono". Os problemas vão desde a falta de material de expediente e higiene até irregularidades em contratos e atrasos em pagamentos.

O setor de urgência e emergência será priorizado. A pasta contará com orçamento de R$ 500 milhões este ano e já esbarra em uma dívida de R$ 140 milhões deixada pela última gestão. São despesas com encargos sociais, prestadores de serviço, pagamento de pessoal, entre outros.

A decretação do estado de emergência tornará mais ágil a tomada de decisões para executar as ações que a rede necessita. Os projetos e recursos a serem utilizados poderão ser dispensados de licitação, dado o teor emergencial. O Plano Estratégico organizado da pasta teve início com melhorias no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Foram 10 ambulâncias somadas à frota e mais quatro estão previstas. "A última gestão não honrou o compromisso e por falta de pagamento do frete estes veículos ainda não estão na capital", disse Vinícius Nina. O secretário garantiu a solução do problema para que brevemente as ambulâncias estejam atuando no serviço.

"Encontramos um sistema onde faltavam coisas essenciais como água para os funcionários", disse o secretário Vinícius Nina sobre a problemática da saúde municipal. Ainda segundo ele, itens como material de expediente e até papel higiênico não eram disponibilizados aos funcionários. A sede, segundo avaliação do gestor, está abandonada e funciona em um prédio deficiente e sem condições de trabalho. Relatório feito a partir de vistoria na secretaria aponta a necessidade de reforma em 90 unidades, inclusive a sede, que apresentaram problemas nos sistemas elétrico, hidráulico e na própria estrutura. Na rede faltam materiais de primeira necessidade para excução dos serviços como cateteres, gesso e medicamentos. O relatório aponta ainda irregularidade em contratos e convênios, alguns já vencidos. O documento trata ainda de irregularidade no cadastro de pessoal. O relatório foi entregue ao Ministério Público.


Durante a coletiva, o secretário informou da parceria da Prefeitura com o Governo do Estado. "A princípio, a prioridade é que o Governo apoie na regularização do atendimento nas unidades de urgência e emergência e o Hospital da Criança", ressalta. O secretário espera que neste primeiro momento, a rede de atenção básica do município não seja sobrecarregada com atendimentos fora de sua atribuição e capacidade.

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