Depois de anos de silêncio e distante das
lutas por cidadania e direitos iguais, os estudantes resolveram sair do mundo
das cavernas, da zona de conforto e voltarem às ruas do centro de São Luis, isso nos faz relembrar as
grandes manifestações da classe estudantil entre os anos 80 e 90, quando seus
alaridos eram mais fortes e incomodativos, capaz de inquietar esse sistema
maldito chamado capitalista que só nos leva a continuarmos à margem da
sociedade, nos empurrando sem piedade para a miséria da extrema pobreza.
Causa-nos
satisfação e prazer olharmos essa nova geração estudantil saindo da sua zona de conforto e despojado da política partidária malvada que durante anos vem tirando
proveito das lideranças estudantis no sentido de defender não os interesses da coletividade,
que é a nossa bandeira, esses representantes de siglas estão voltados apenas
para seus umbigos, os outros, são apenas os outros, que, devem ser utilizados
apenas como massa de manobra.
Que
essa motivação, essa revolta contra o aumento da tarifa na passagem de ônibus,
leve esses estudantes a relembrarem a história das lutas em prol da meia
passagem, onde assim como o atual momento, milhares de jovens, e porque não
dizer também a classe operária despelegada foram às ruas e em um só grito
fizeram o poder da ditadura do Ex-Governador Biônico João Castelo a se curvar
diante das exigências da classe.
A
Praça Deodoro, referência histórica dos embates em prol dos direitos
constituídos e negados pelos governos passados, alimentados pelo Governo atual,
dessa maldição chamada Dilma Roussef , única e exclusiva culpada pelo aumento
da passagem em São Luis, fruto do desequilíbrio financeiro e do enriquecimento ilícito
dos ladrões da Petrobras.
Motivados
e revoltados com a situação que se encontra o atual sitema, “mais de 1.000
alunos de diferentes instituições educacionais protestaram na Praça Deodoro, no
centro de São Luis, na tarde
desta segunda-feira (30), contra o aumento das passagens de ônibus anunciada
pela Prefeitura na última sexta-feira (27), e que passou a vigorar neste
domingo (29).
As novas tarifas de ônibus entraram em
vigor a partir da 0h deste domingo (29) em São Luís. O valor da tarifa cobrada
na maioria dos coletivos subirá de R$ 2,40 para R$ 2,80, enquanto as mais
baratas passarão de R$ 1,90 para R$ 2,20 e R$ 1,60 para R$ 1,90. O anúncio foi
feito em entrevista coletiva realizada na tarde da última sexta-feira (27), na
sede da SMTT, na Avenida Daniel de La Touche, na capital maranhense”.
Segundo Claudio Castro, organizador da
mobilização, o novo aumento compromete a renda das famílias mais pobres que
utilizam o transporte público da cidade. “Os estudantes em sua maioria aderiram
porque tem a consciência do sacrifício que é para os seus pais arcar com mais
um reajuste em menos de um ano”, desabafa.
Ainda conforme o organizador, além da
diminuição no preço das passagens de ônibus, os manifestantes pedem também a
abertura das contas do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de
São Luís (SET) e a volta da domingueira (meia passagem para todos).
Claudio Castro, que teve o apoio, durante
a passeata, de estudantes secundaristas e de diferentes classes de
trabalhadores, diz que os manifestantes irão cobrar cada reivindicação, que
segundo ele, são ignoradas pelo poder público.
“Vários movimentos sociais, vários
movimentos estudantis tem pautado essas reivindicações na Prefeitura, na Câmara
de Vereadores, que simplesmente ignoram. Então, são pautas que estão aí, que
vieram à tona novamente e vamos levá-las. Mas, inicialmente o foco é barrar
esse reajuste que consideramos abusivo para os trabalhadores de São Luís”.
O protesto que teve início na Praça
Deodoro e que foi acompanhado por agentes da Secretaria Municipal de Trânsito e
Transporte e por policiais da Polícia Militar foi encerrado em frente à sede da
Prefeitura de São Luís, onde no local os manifestantes entregaram ao prefeito
da cidade, Edivaldo Holanda Júnior todas as pautas exigidas na reivindicação.
Imagem da greve dos estudantes em 79
A Greve da Meia Passagem foi uma greve estudantil em São Luís em 1979 visando a adoção da meia passagem para estudantes. A greve foi marcada
por forte repressão policial às passeatas e assembléias. Desenvolvida entre 14
de Setembro e 22 de Setembro, marcou São Luís pelo grande número de adesões e
pela brutalidade policial empreendida.
O
Início da greve se deu após o terceiro aumento das passagens de ônibus no mesmo
ano pelo prefeito Mauro Fecury.
Estudantes da Universidade Federal do Maranhão declaram greve e são reprimidos ao
sair em passeata para o centro da cidade ao entrarem na Rua de São Pantaleão.
Apesar da repressão e da vigilância presentes na época conseguem angariar apoio dos outros
estudantes da cidade e de outros setores da sociedade ludovicense.1
Os dias
17 e 18 de Setembro concentraram a maior parte da violência. Ato público na Praça Deodoro reuniu 15 mil pessoas no dia 17 e foi
brutalmente reprimido por forças policiais. O dia 18 amanheceu com o comércio
fechado, transporte público parado e mais enfrentamento entre a polícia e
manifestantes. O Governador do Estado, João Castelo,
decide negociar e liberta alguns pressos e concede parte do estádio Nhozinho Santos para uma assembléia dos manifestantes.
Esses decidem diminuir os enfrentamentos devido a postura de negociação do
governo, mas continuam a greve até o dia 22. No dia 28 foi sancionada a leia da
meia passagem e no dia 1º de Outubro entrou em vigor.1
A
greve foi de grande significado para a política do Maranhão e João Castelo foi
muito criticado pela brutalidade da repressão policial aos manifestantes. Mesmo
na eleição municipal de 2008, 29 anos depois,
Castelo foi teve que responder politicamente pela repressão.
A GREVE DA MEIA PASSAGEM - São Luís - MA / 1979 ...
www.youtube.com/watch?v=BALEN3km8_0
0 comentário "INCOMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA DE DILMA ROUSSEF PROVOCA AUMENTO DE PASSAGEM EM SÃO LUIS."
Postar um comentário
Deixe seu comentário