Após três dias sendo
mantidas como reféns, duas pessoas, que estavam sob o poder de índios
Guajajara, na aldeia Maçaranduba, localizada dentro do município maranhense de
Bom Jardim, a 275 km de São Luís, foram liberadas no fim da manhã desta
segunda-feira (13), após uma negociação com a Polícia Federal.
De acordo com os
policiais, os dois homens liberados fazem parte do quadro de funcionários de
uma empresa que estava realizando obras dentro da aldeia. A polícia agora tenta
a liberação de uma psicóloga, uma engenheira ambiental, uma enfermeira e uma
técnica de enfermagem, funcionárias do Distrito Sanitário Especial de Saúde
Indígena (Disei) que haviam se deslocado até a aldeia para realizar um trabalho
de educação ambiental com a comunidade indígena.
Sobre a situação na
aldeia Maçaranduba, o coordenador do Disei, Alexandre Cantuária, disse que está
acompanhando toda a negociação. Ele afirma que as quatro funcionárias, até o
momento, se encontram bem. Para ele, a postura dos indígenas em prender
funcionários de um órgão que só visa o bem estar deles deve ser considerada um
crime. “As pessoas que estão mantidas como reféns na aldeia só estavam
realizando o seu trabalho. Elas trabalham em favor dos próprios índios e
mantê-las em cárcere em ato criminoso. Nós não compactuamos com essa situação”.
Ele acrescentou que
está aberto a um diálogo com os índios. Mas ressalta que isso só acontecerá
após a liberação das funcionárias do Disei. “Eu posso e quero conversar com a
comunidade indígena, mas isso só irá acontecer depois que todas as funcionárias
do Disei forem liberadas. Caso contrário, não poderemos entrar num acordo”,
explica o coordenador.
Lideranças indígenas da
aldeia Maçaranduba exigem melhores condições de saúde no local e uma melhor
infraestrutura no polo-base de saúde. Cerca de 400 índios atualmente residem na
aldeia Maçaranduba.
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