Os
graves e recorrentes problemas na educação municipal de São Luís, como a
superlotação nas salas de aula, a falta de professores nas escolas, de
incentivo ao aperfeiçoamento profissional, de infraestrutura e segurança,
repetem-se, também, a nível nacional. Com base nesse descompasso administrativo
que afeta tão gravemente a vida de todos os brasileiros, os profissionais da
educação realizarão uma greve nacional, no dia 30 de abril (quinta-feira), para
chamar a atenção dos gestores públicos e da sociedade para as graves conseqüências
do descaso com a educação.
Em São
Luís, o Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Pública Municipal
(Sindeducação), aderiu ao chamado de greve da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Educação (CNTE) e realizará um ato público, a partir das
8:30h, na Praça Deodoro. “Convocamos não só os profissionais da educação, mas,
também, os pais de alunos e toda a sociedade que acredita na educação como o
caminho para um futuro melhor”, destacou a presidente do Sindeducação, profª
Elisabeth Castelo Branco.
Em
razão das condições inadequadas para o ensino e aprendizagem, o ano letivo de
2015 ainda não começou em várias escolas da rede pública
municipal. Neste mês, algumas unidades já iniciaram os protestos na tentativa
de chamar a atenção do secretario municipal de Educação, Geraldo Castro
Sobrinho, e do prefeito Edvaldo Holanda Junior e realizaram manifestações com o
apoio dos pais de alunos, como é o caso das Unidades de Educação Básicas (UEB)
Galileu Clementino Ramos, na Vila Vitória; Dom Delgado, no São Raimundo; e UEB
Primavera no Cohatrac.
“As
denúncias que realizamos nessa gestão só surtem efeito no judiciário, já que a
Prefeitura ignora os pedidos de socorro da educação municipal. Mas o sindicato
continua acreditando que uma categoria unida e com o apoio da sociedade tem o
poder de transformar a inércia da administração pública em ações efetivas por
uma educação de qualidade”, afirmou Elisabeth Castelo Branco.
Atuação
No dia
14 de abril, o Sindeducação aderiu, também, à paralisação nacional contra o
Projeto de Lei 4330/04 (PL da Terceirização). Segundo a presidente do
sindicato, a educação municipal de São Luís já sofre as desastrosas consequências
da terceirização. Atualmente, o setor administrativo das escolas, a segurança,
os serviços gerais e a merenda escolar são serviços terceirizados e que têm
contribuído com o sucateamento da rede.
“A
merenda escolar oferecida aos nossos alunos é de péssima qualidade e em total
desacordo com as recomendações do MEC; a segurança nas escolas é inexistente e
nós denunciamos, diariamente, casos de assaltos dentro das escolas, invasão de
traficantes em nossas quadras e até a apreensão de armas brancas entre os alunos.
É assim que o serviço terceirizado funciona: atraso de pagamento das empresas
terceirizadas, prestadores de serviço desvalorizados e desmotivados e serviço
de péssima qualidade para a comunidade escolar”, avalia a presidente do
Sindeducação.
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