Em
comemoração à aprovação da Lei da LIBRAS
(Nº 10.436, de 24 de abril de 2002), Língua Brasileira de Sinais, foi realizada
nessa manhã de quarta-feira (22), no Auditório Fernando Falcão, Assembléia
Legislativa do Maranhão, uma Audiência Pública sobre a garantia dos direitos
dos surdos.
A Audiência Pública foi convocada pelo
Deputado Estadual Roberto Campos Filho, Cabo Campos (PP), que como proponente
dessa audiência, afirmou que seu objetivo em convocar surdos, ouvintes e
entidades representativas para uma ampla discussão a respeito dessa Lei, se deu em razão da falta de
interprete nas plenárias da Assembléia
Legislativa, “Chamei a atenção do Presidente da casa, que não adianta ter
somente interprete na televisão, é necessário que esteja presente no plenário
para que motive os surdos a participarem também das audiências na Assembléia
Legislativa, que é a casa do povo.” Comentou o parlamentar Cabo Campos.
Participaram do evento vários defensores dos direitos dos surdos, como Igrejas, Associações, além dos Coordenadores de Ensino das Redes Federal Estadual e
Municipal, assim com a classe empresarial, representada pela Empresa Potiguar.
Representando o Centro de Ensino da pessoa com surdez professora Irene Silva
Cabral elogiou a iniciativa do Deputado Cabo Campos e fez um resgate histórico
de como se deu no Maranhão a organização da comunidade surda.
Segundo a professora, esse momento faz jus lembrar que São Luis começa a
trabalhar o ensino de Libras a partir daqueles representantes que
realizaram cursos de formação básica no Instituto Nacional de Educação de Surdos, lembrou também das comunidades religiosas, como por exemplo, as Igrejas
evangélicas e as pastorais da Igreja católica, que juntos motivaram essa
aproximação entre surdos e ouvintes.
Vejamos
resumo das falas dos demais palestrantes
PROFESSORA
MÍRIAM ROCHA. Diretora do Núcleo de acessibilidade da UFMA
Professora Miriam, afirmou que esse
núcleo foi criado em 2009, tendo como objetivo atender a uma política pública
nacional e internacional, trazendo para a realidade local, e assim melhor
atender os alunos de inclusão no processo do ensino superior.
Maik Araújo presidente da Associação dos Surdos do Maranhão
(ASMAE).
Maik, representando a sociedade civil aproveitou o
momento para cobrar das autoridades mais empenho na aplicabilidade da Lei
10.436, e que seja colocada em pratica. Exigiu também mais amplitude nas parcerias
entre as entidades de surdos e empresas privadas, no sentido de financiar
cursos de libras e profissionalizantes. “Mesmo comemorando esses 13 anos da
lei, ainda nos sentimos discriminados, com pouco espaço na sociedade, por isso
é importante aproveitarmos esse momento para provocar os parlamentares tanto da
esfera federal como estadual a exigir que nossa lei seja cumprida”.Comentou
Valdemar.
PROFESSORA ROSANE- SUPERVISORA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DA SECRETARIA DE ESTADO DE
EDUCAÇÃO-
Professora Rosane durante sua fala demonstrou preocupação quanto à lentidão da
sociedade em compreender os direitos dos surdos, disse também serem muitos os
desafios, entre esses, o de garantir os princípios da política nacional de Educação
Especial, na perspectiva inclusiva, como acesso, participação e aprendizagem, o
qual timidamente está garantido nesse estado democrático de direito, mas,
apesar dessa “garantia”, falta à escola repensar melhor a questão da
acessibilidade e, sobretudo do processo de aprendizagem. “Buscar autonomia
moral, social, sobretudo intelectual, para o sujeito com deficiência, precisa
que as políticas públicas entendam que elas são de certa forma grandiosa e
imperativa, principalmente a educação, pois sem ela não se pode chegar a lugar
nenhum.” Concluiu.
PROFESOR ROGÉRIO- REPRESENTANTE DO IFMA
Professor Rogério Representando o Núcleo de apoio dos
alunos e as pessoas com necessidades especiais, apresentou uma síntese da trajetória
da história do surdo no Brasil, onde comentou que o reconhecimento da libras
como a segunda língua brasileira, foi reconhecida em 2002, em 2005, na ocasião,
veio um Decreto, de Nº 5.626, que
normatizou a lei, em 2010 foi aprovada a lei que reconhece a profissão de interprete
de libras, a partir do dia 24 de abril
passa a ser reconhecido como o dia nacional de aprovação da Lei- libras. Para dar bom exemplo, desde 2012, o IFMA respeita
os 5% de vagas para as pessoas com deficiência. No IFMA Monte Castelo tem 20
alunos surdos, alguns desses alunos participam de projetos, visitas técnicas,
viagem de estudos.
fico feliz em saber que o maranha tem se colocado a promover acessibilidade e inclusão social para os surdos do seu estado!!
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