Os moradores da Vila Nestor 2, pertencente ao município de
Paço do Lumiar, a 26 km de São Luís, realizaram uma nova manifestação na tarde
desta segunda-feira (14), na Avenida Beira Mar, na capital.
O comerciante de terras e candidato a
vereador Nestor voltou a infernizar a vida da população que precisou passar
pela avenida Beira Mar, manhã desta segunda-feira (14).
Outra vez utilizando crianças como
escudo Nestor e mais meia dúzia de baderneiros interromperam o trânsito.
É a terceira vez que Nestor utiliza
crianças em suas manifestações sem que o Ministério Público ou Juizado da
Infância e Juventude tomem qualquer providência.
As investidas de Nestor são ainda
mais graves quando se sabe que o comerciante de terras é candidato declarado a
vereador e faz irregularmente campanha eleitoral antecipada com adesivos em
dezenas de carros que circulam por São Luís e Paço do Lumiar.
Outra vez sob olhares complacentes da
Justiça e Ministério Público Eleitoral.
Há duas semanas, os manifestantes
foram recebidos por uma comissão do governo, que designou a secretaria de
Cidades para fazer levantamento no local.
Resultado é que apenas uma família de
fato mora na ocupação. Isso demonstra que a maioria está ali para especular,
pois tem casa em outros lugares.
Está passando da hora das autoridades
tomarem providências contra a indústria da invasão. Do contrário ainda teremos
que ver aventureiros como Nestor representando o povo no Parlamento. É só o que
falta!
Segundo
Cida Feitosa, moradora e uma das principais lideranças comunitárias da Vila
Nestor 2, até o momento, o governo do estado ainda não realizou nenhuma
negociação com o grupo que, segundo ela, permanecerá no local até que tenha uma
resposta positiva por parte do governador Flávio Dino. “O governo não fala com
a gente. O governador disse que iria nos cadastrar e até agora nada. Nós só
vamos sair daqui depois que a nossa situação for resolvida”, disse.
Ainda conforme Cida Feitosa, o
líder do movimento identificado como Nestor da Silva, não está participando do
ato. Ela afirma que se encontra recolhido, pois tanto a comunidade como o
próprio líder teme por sua segurança. “O Nestor não está participando porque
ele e nós também tememos pela vida dele. Para evitar um confronto com a polícia
nós decidimos que ele deveria ficar recolhido em lugar escondido”, revelou.
Além da presença dos
manifestantes, a Avenida Beira Mar também está sendo ocupada por policiais
militares, que realizam a segurança no local. Essa é a terceira vez, os
manifestantes cobram do poder público estadual a reintegração do terreno, onde
eles residem com as suas famílias no município maranhense.
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