A presidente Dilma
Roussef sancionou nesta quarta-feira (9) uma mudança na Lei de Execução
Penal que institui os estudos do ensino médio nos presídios brasileiros. A
oferta de estudos, no entanto, não será obrigatória nas penitenciárias como
acontece com as aulas do ensino fundamental.
De acordo com o
novo artigo da lei, publicado na edição desta quinta (10) do "Diário
Oficial da União" (DOU), o ensino ministrado aos presos será mantido
financeiramente com o apoio da União, "não só com os recursos destinados à
educação, mas pelo sistema estadual de justiça ou administração
penitenciária".
O ensino médio
ofertado nos presídios poderá ser no formato regular ou supletivo, com formação
geral ou profissionalizante. As aulas serão integradas ao sistema estadual e
municipal de ensino. O governo federal, os estados e os municípios também
incluirão o atendimento aos presos em seus programas de educação à distância e
de novas tecnologias de ensino.
Na publicação,
Dilma vetou o artigo 1º da lei, aprovado pela Câmara dos Deputados, que ainda
determinava a obrigatoriedade da oferta de ensino profissional aos presos. Para
a presidente, "o dispositivo criaria uma nova diretriz para ação
compulsória do Estado no segmento educacional, em desarmonia com as obrigações
previstas na Constituição, bem como na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional".
O veto
presidencial entra, agora, na pauta do Congresso Nacional. Uma votação no
Senado e na Câmara pode definir sua derrubada.
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