Cansados de sofrerem retaliações da oposição, que diariamente agridem os gestores Municipais, acusando-os de despreparados para gerenciar seus respectivos Municípios, vários Prefeitos e Prefeitas dos 217 Municípios do Maranhão, decidiram realizar no dia 22 deste mês, um grande ato público, com o objetivo de chamar a atenção da sociedade quanto à crise financeira que vem sofrendo esses Municípios Maranhenses. Durante a manifestação, os gestores irão usar de todas as dinâmicas possíveis para conscientizar a população em geral, de modo particular a oposição, de que não há prefeitos despreparados para gerenciar seus Municípios, todos querem solucionar seus problemas, entretanto, estão engessados por conta dessa maldita crise que tem impedido os Governos Federal e Estadual a liberar os recursos dos convênios e emendas parlamentar que foram celebrados com os municípios desde o início do mandato dos atuais gestores.
A realização do ato, que terá como tema
“Crise Financeira nas Prefeituras”, foi definido na última sexta-feira
(11) durante reunião de trabalho entre os prefeitos Rochinha (Balsas), Gil
Cutrim (São José de Ribamar), Alan Linhares (Bacabeira), Beto Pixuta (Matinha),
Josemar Sobreiro (Paço do Lumiar), Hernando Macedo (Dom Pedro), Queiroz
(Monção), Adalberto Rodrigues (Belágua), Antônio Carlos (Colinas), Miltinho
(São Mateus) e Solimar Oliveira (Matões do Norte).
A manifestação pacífica ocorrerá a partir das 8h, na BR-135
(próximo a ponte do Estreito dos Mosquitos), rodovia federal que dá acesso a
capital São Luís. Neste dia, todas as Prefeituras do Maranhão deverão fechar as
portas também como forma de protestar contra a crise financeira.
Os gestores municipais, durante o ato, irão apresentar
informações concretas que mostram a constante queda de recursos do
Fundo de Participação dos Municípios e abordar temas que integram a pauta
municipalista permanente de discussão, dentre eles o subfinanciamento dos
programas federais e judicialização das administrações municipais.
“O que faremos é mostrar a verdadeira situação de crise
financeira vivida pelas cidades maranhenses. Mostrar à sociedade que a queda do
FPM está inviabilizando as administrações municipais e, isso, não é culpa do
prefeito ou prefeita”, explicou Gil Cutrim, que é presidente da Federação dos
Municípios do Estado do Maranhão (Famem).
Rochinha destacou o sentimento de união que deve prevalecer
entre prefeitos e prefeitas maranhenses. De acordo com ele, somente unindo
forças será possível modificar este cenário devastador que assola as
administrações municipais. “Estamos conclamando todos os gestores a estarem
conosco, no dia 22, participando deste grande ato. Será uma grande demonstração
de união de uma classe que, diariamente, é massacrada”, afirmou.
Déficit – Informações da Secretaria do Tesouro Nacional revelam
que, até o mês passado, os municípios maranhenses foram prejudicados com a
perda de mais de R$ 100 milhões de recursos do FPM.
E as previsões da própria Secretaria são desanimadoras e apontam
que a queda de recursos continuará.
Só para ser uma idéia, no primeiro decênio do FPM deste mês de
dezembro foi registrada déficit de 25,17% nos repasses em relação ao mesmo mês
de 2014. Para janeiro de 2016, é esperado forte impacto negativo de 17,2%.
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