A taxa é 2,4 pontos percentuais
maior do que a registrada no mesmo período de 2014, quando era de 6,6%, segundo
o instituto. Três meses antes de outubro, o desempregado registrado era de 8,6%.
O número de desempregados chegou a 9,1 milhões de pessoas.
Três meses antes, esse número era de 8,6 milhões, um aumento de 5,3% (ou
455 mil pessoas). Em relação ao trimestre encerrado em outubro de 2014,
o aumento foi de 38,3% (ou 2,5 milhões de pessoas a mais procurando
emprego).
O total de pessoas com emprego permaneceu estável nas duas
comparações, em 92,3 milhões.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (15) e fazem parte
da Pnad Contínua mensal. Ela usa dados de trimestres móveis, ou seja,
de três meses até a pesquisa. Na de outubro, são usadas informações de agosto,
setembro e outubro.
O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou
algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados. A Pnad
Contínua usa dados de 211.344 domicílios particulares permanentes distribuídos
em cerca de 3.500 municípios.
Carteiras
assinadas caem 3,2%
O número de trabalhadores com carteira assinada caiu 3,2% no
trimestre de agosto a outubro, em comparação com o mesmo período de 2014, o que
representa 1,2 milhão de pessoas a menos.
Em comparação com o trimestre encerrado em julho, o número de
carteiras teve queda de 1%, ou 359 mil pessoas a menos.
Rendimento
médio de R$ 1.895
O rendimento médio real (ajustado pela inflação) dos
trabalhadores foi de R$ 1.895, menor do que o no mesmo período de 2014 (R$
1.914) e do que no trimestre de maio a julho (R$ 1.907). O resultado, porém, é
considerado estável pelo IBGE nas duas comparações.
Indústria
perde 751 mil vagas
Um dos setores mais afetados pela crise econômica, a indústria
teve queda no número de trabalhadores no trimestre de agosto a outubro, tanto
na comparação com o mesmo período de 2014 (-5,6%), quanto ao trimestre de maio
a julho (-2,6%). Em um ano, são 751 mil trabalhadores a menos no setor.
Em um ano, além da indústria, os setores de informação,
comunicação e atividades financeiras, imobiliárias profissionais e
administrativas (-4%) e outros serviços (-4%) tiveram queda no número de
trabalhadores.
Agricultura e construção não mostraram variação significativa em
um ano, segundo o IBGE.
As demais registraram alta: comércio, reparação de veículos
automotores e motocicletas (2,3%); transporte, armazenagem e correio (4,6%);
alojamento e alimentação (4,7%); administração pública, defesa, seguridade
social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,6%) e serviços domésticos
(3,3%).
Fim de
duas pesquisas
O IBGE
anunciou que vai acabar com outras duas pesquisas de emprego que
divulga mensalmente: a PME (Pesquisa Mensal de Emprego) e a Pesquisa Industrial
Mensal de Emprego e Salário. Segundo o instituto, a Pnad Contínua é mais
abrangente que as outras duas.
Na
última PME, com dados de novembro de 2015, o desemprego foi de 7,5%,
o maior para o mês desde 2008. A última Pimes registrou queda de 0,7% no total de empregos na indústria em
outubro, e de 7,2% em um ano.
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