A precariedade das escolas no Maranhão é um problema
recorrente e gera reclamações de pais e professores. Mas chamou atenção o vídeo
de um aluno de apenas 9 anos reclamando da falta de infraestrutura na escola
onde estuda. Ele fala que, no prédio, não tem filtro, banheiro ou merenda
escolar. O vídeo ganhou repercussão no Bom Dia Brasil. A reportagem é de David Perez e Edmilson
Gomes.
O pequeno Taylan Maia, de 9 anos, se mostrou visivelmente
insatisfeito com a situação da escola. Ele declarou que, na verdade, o que
falta é uma escola boa, de qualidade. “Falta banheiro, merenda, água potável,
uma boa escola. [Faltam] Séries divididas em salas, porque tem salas que é o 5º
ano misturado com o 1º. O 3º com o 4º”, lamenta.
O professor Gilberto Alves reiterou as reclamações do aluno e
acrescentou que é dificultoso ter que programar conteúdos, pois em uma mesma
sala têm alunos de diferentes séries. “Nós trabalhamos com conhecimento
seriado, mas as idades são diferentes, as séries são diferentes. Nós temos que
dividir conteúdos para trabalhar ao mesmo tempo com esses alunos, todos em uma
sala só”, contou.
A escola do menino Taylan funciona em um casebre de palha,
com o chão de terra batida, sem banheiros, sem local para colocar livros e que
sofre com a falta de merenda escolar. Os pais chegam a afirmar que preferem que
a merenda não chegue, pois os filhos já reclamaram de dores no estômago após
consumirem a comida oferecida na escola
“Um mingau velho, doce, que eles comem. Eles sentem dor de
barriga. Aí chegam lá em casa dizendo ‘mãe, não vou mais beber aquela merenda
velha não porque minha barriga faz muito é doer’”, relatou Raimunda Rodrigues,
mãe de um aluno.
A escola em questão não é a única que sofre com esses
problemas no interior do Maranhão. Na cidade de Peritoró, a 236 km de São Luís,
outros quatro barracos de palha que abrigam escolas foram encontrados. Os
problemas se repetem nestas escolas.
O prefeito de Peritoró e ex-padre Josias Lima, foi procurador
pela reportagem da TV Mirante, mas não foi encontrado. O secretário de Educação
do Município, Jhonadson Delgado, propôs uma solução para os problemas dos pais,
professores e do próprio menino Taylan. “Transportar essas crianças para outra
escola, para não atrapalhar ano letivo de 2016”, afirmou.
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